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Brasil em Desenvolvimento: Estado, Planejamento e Políticas - Ipea

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Diagnóstico e Des<strong>em</strong>penho Recente do Pacto Nacional pelo Enfrentamento da Violência contra a MulherPode ser que se estejam computando como realização do pacto ações mais amplas dogoverno federal que já seriam realizadas independent<strong>em</strong>ente da existência ou não do pacto.Situação distinta parece ser a das iniciativas da Secretaria de Reforma do Judiciário (SRJ) eda SENASP, que além de focar<strong>em</strong>-se mais nos estados selecionados para o pacto, implantamações previstas na política e diretamente relacionadas a seus objetivos.Apesar da existência da Câmara Técnica, chama atenção a ausência de acompanhamentomais pormenorizado que permita que se tenham os valores totais aplicados, os estados cont<strong>em</strong>pladose os projetos apoiados no âmbito do pacto no ano de 2008. Este fato também érevelador do limite tênue existente entre as ações pertencentes ao pacto e as d<strong>em</strong>ais açõesrelacionadas ao t<strong>em</strong>a e impl<strong>em</strong>entadas pelos órgãos governamentais.Cabe, ainda, o questionamento acerca dos investimentos previstos e executados nopacto. Mesmo com a inclusão de ações mais genéricas, <strong>em</strong> 2008 os três principais parceirosda iniciativa teriam aplicado somente cerca de 3% do total previsto para o pacto <strong>em</strong>seus quatro anos de impl<strong>em</strong>entação. Certamente, muitas ações não estão cont<strong>em</strong>pladas –inclusive do próprio MS – mas a meta de R$ 1 bilhão pode mostrar-se inviável devido àspróprias dificuldades relacionadas ao repasse de recursos aos estados. Uma vez que se tratade política que depende de iniciativa, articulação, planejamento e elaboração de projetospor parte dos estados e dos municípios, além de sua adequação às exigências legais pararecebimento de recursos da União, pode ser que o pacto esbarre nesta dependência e nãoconsiga aplicar todos os recursos disponíveis.Um resultado obtido ao longo do processo de negociação do pacto com os estados foi ofortalecimento, de maneira significativa, do papel das gestoras locais – estaduais e municipais –de políticas para as mulheres. Esta foi uma externalidade do processo de impl<strong>em</strong>entaçãodo pacto. A SPM s<strong>em</strong>pre teve como principal interlocutor o organismo de políticas para asmulheres do Poder Executivo estadual e s<strong>em</strong>pre buscou fortalecer seu papel dentro do estado,a começar pela orientação acerca das câmaras técnicas estaduais, a ser<strong>em</strong> coordenadas pelastitulares das secretarias, das coordenadorias ou das superintendências das mulheres. Por ser oresponsável por articular esforços no estado que trarão recursos do governo federal, o organismode políticas para as mulheres e a sua titular acabam ganhando destaque e visibilidadee, muitas vezes, outra inserção na máquina estatal.O fato de poder garantir recursos para a impl<strong>em</strong>entação da política foi fundamental nesseprocesso e este foi outro diferencial do pacto <strong>em</strong> relação às ações anteriormente adotadas.Do ponto de vista de recursos aplicados, a primeira informação que salta aos olhos a partir daanálise da execução orçamentária da SPM é o grande aumento de recursos no programa deenfrentamento da violência já a partir de 2007. Dessa forma, o ano de lançamento do pactomarca inflexão no financiamento da política. Apesar de tratar-se de montantes pouco significativosdiante do Orçamento Geral da União (OGU), ao analisar-se o histórico desta política,pode-se dizer que o pacto e a sua inserção na Agenda Social representaram grande trunfo.A tabela 3 apresenta o orçamento do Programa 0156 – Prevenção e Enfrentamento da Violência753

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