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Brasil em Desenvolvimento: Estado, Planejamento e Políticas - Ipea

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<strong>Brasil</strong> <strong>em</strong> <strong>Desenvolvimento</strong>: <strong>Estado</strong>, <strong>Planejamento</strong> e Políticas PúblicasComo foi antes mencionado, a capacidade de atender apropriadamente a populaçãoinfantil – <strong>em</strong> especial as que se encontram sob condições de pobreza e de maiores riscossociais – é, de certo modo, preâmbulo ao enfrentamento de questões agravadas pelo t<strong>em</strong>poe pelas condições passadas de lento crescimento econômico e insatisfatório desenvolvimentosociocultural. Como o são aquelas a que estão expostas os jovens – especialmente quando set<strong>em</strong> <strong>em</strong> conta um de seus reflexos, o fato de o <strong>Brasil</strong> ostentar indesejado destaque mundialno tocante à mortalidade por causas não naturais – acidentes de trânsito e homicídios – depessoas entre 15 e 29 anos de idade.Outra vez, sublinha-se, no capítulo 25, a dimensão da população de referência –50 milhões de pessoas ou cerca de 20% da população total. E aproximadamente dois terçosdeste contingente encontram-se <strong>em</strong> condições de complexo enfrentamento por causa do contextode pobreza de onde provêm e das escassas perspectivas de inclusão social, caso não seampli<strong>em</strong> as oportunidades de <strong>em</strong>prego, a oferta e a qualidade dos serviços públicos de educação,saúde e assistência que deveriam atendê-los e a efetividade de políticas públicas específicasque focaliz<strong>em</strong> fatores determinantes de sua atual exclusão ou cerceamento de oportunidades.É preciso notar que não há propriamente essa classe de políticas públicas, pelo menoscomo intervenção estrategicamente desenhada e institucionalizada. O estudo aponta para ofato de que há vários projetos, ações, programas ou iniciativas federais direcionadas ao jov<strong>em</strong>,que, regra geral, projetam-se <strong>em</strong> outras tantas intervenções <strong>em</strong> cada unidade federada e certamente<strong>em</strong> milhares de municípios. E procura, após histórico da miríade de ações dispersase desconexas dos últimos 15 anos, examinar apenas um destes programas – que incorpora osavanços dos debates na sociedade civil e no espaço estatal e a que se t<strong>em</strong> dado maior suportepolítico-administrativo –, o Programa Nacional de Inclusão de Jovens – Educação, Qualificaçãoe Ação Comunitária (ProJov<strong>em</strong>), instituído <strong>em</strong> 2004 e já sofrendo primeira grandereestruturação <strong>em</strong> 2007.Originariamente, esse teria os seguintes propósitos: i) articular as ações federais voltadasao público juvenil, <strong>em</strong> sua maioria dirigidas aos jovens de baixa renda; ii) estimular a participaçãode movimentos e coletivos juvenis nos debates e na formulação da política de juventude;e iii) melhorar as condições e a qualidade de vida dos jovens socialmente mais vulneráveis,por meio de transferências de renda e de ações de elevação dos índices de alfabetização,de escolaridade e de qualificação profissional – escopo da proposta original do ProJov<strong>em</strong> –,na perspectiva de melhorar as chances de inserção no mundo do trabalho.Analisando as estruturas do programa e como este veio ajustando-se, inclusive apósavaliação mais rigorosa <strong>em</strong> 2005-2006, para chegar à sua configuração atual, o estudoconflui para a constatação de que ainda não se alcançou desenhar política sistêmica e estrategicament<strong>em</strong>ais consistente para enfrentar a diversidade de situações e contextos <strong>em</strong> quese colocam os probl<strong>em</strong>as das suas diferentes subpopulações-alvo. Saliente-se que suas conclusõesiniciam-se com certa perplexidade, expressa do seguinte modo: o caminho tomadopara implantar políticas integradas de juventude t<strong>em</strong> sido tortuoso, assim como t<strong>em</strong> sido660

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