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Brasil em Desenvolvimento: Estado, Planejamento e Políticas - Ipea

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Avanços e Desafios da Transversalidade nas Políticas Públicas Federais Voltadas para MinoriasAinda que a separação por área permita primeira visualização das diferenças noprocesso de incorporação da transversalidade nas políticas federais para grupos populacionais<strong>em</strong> foco, é importante notar que cada órgão também possui dinâmica própriade incorporação deste t<strong>em</strong>a. As secretarias especiais afirmam cont<strong>em</strong>plar a questão dasminorias de forma transversal <strong>em</strong> 100% de seus programas. Dos ministérios sociais,chama atenção positivamente o Ministério da Saúde (MS) – 79,2% e Ministério daCultura (MinC) – 81,8%. Nas d<strong>em</strong>ais pastas, chama atenção que no MPOG, órgãocentral promotor da transversalidade como diretriz governamental, não mais que 50%dos programas cont<strong>em</strong>pl<strong>em</strong>-na.Outro el<strong>em</strong>ento importante a ser notado é como a dinâmica de incorporação da transversalidadeé diversa para cada grupo populacional. Como d<strong>em</strong>onstra a tabela 1, o crescimentono número de programas que afirmam cont<strong>em</strong>plar a transversalidade entre 2004 e 2007 érelativamente pequeno nas áreas de gênero e, principalmente, raça, sendo substancialment<strong>em</strong>aior nos t<strong>em</strong>as infância e juventude e, especialmente, pessoas com deficiência. 4TABELA 1Incorporação da transversalidade por grupo minoritário – 2004-2005 e 2007(Em %)T<strong>em</strong>a 2004-2005 2007 % aumentoGênero 11 17,3 57,3Raça/etnia 12 15,3 27,5Deficiência 2,7 16,2 500Infância e juventude 8,4 22,8 171Fonte: Sigplan e SPI/MPOG.Elaboração: Disoc/<strong>Ipea</strong>.Ainda deve-se considerar que o baixo percentual observado <strong>em</strong> 2005 tenha facilitadoa expansão da transversalidade nos t<strong>em</strong>as relacionados às pessoas com deficiência, é expressivoque <strong>em</strong> apenas dois anos tal percentual tenha alcançado, conforme informações prestadaspelos gerentes de programa, nível maior que o observado para questão étnico-racial.Malgrado este t<strong>em</strong>a contar com órgão com status ministerial e fundação bastante antigaligada ao Ministério da Justiça (MJ) – respectivamente, Seppir e Fundação Nacional do Índio(Funai) – enquanto o primeiro está sob responsabilidade de coordenadoria ligada à SEDH.Também observa-se que a questão de gênero está sob responsabilidade de secretaria especial,enquanto infância e juventude são de responsabilidade de subsecretaria – SPDCA – euma secretaria nacional – SNJ. Ainda que os casos sejam pouco numerosos para definir-setendência, parece suficient<strong>em</strong>ente claro que o sucesso da política de incorporação da transversalidadenão é dependente de elevação no nível hierárquico do órgão gestor. Este dado éparticularmente importante, pois, <strong>em</strong>bora condiga com noção que transversalidade dependede práticas de coordenação lateral não hierárquicas, este vai de encontro com modelo adotadopelo governo federal até o momento.4. Os dados para gênero e raça refer<strong>em</strong>-se a 2004; os d<strong>em</strong>ais dados são referentes a 2005.787

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