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Brasil em Desenvolvimento: Estado, Planejamento e Políticas - Ipea

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Diagnóstico e Des<strong>em</strong>penho Recente do Pacto Nacional pelo Enfrentamento da Violência contra a MulherEsse processo, por si só, representa grande inovação na condução da política de enfrentamentoda violência. Antes a SPM apoiava financeiramente projetos a partir da d<strong>em</strong>andaque lhe chegava, <strong>em</strong> resposta a editais divulgados no início de cada ano. Com o pacto,cada estado considerado prioritário, para conseguir apoio financeiro, teve que planejar suasações e articular diferentes setores governamentais a partir de diagnóstico da realidade local.Além disso, a estratégia de definir municípios-polo surgiu <strong>em</strong> resposta à constatação de quenão é possível implantar serviços especializados de atendimento <strong>em</strong> todos os municípios dopaís. Esta constatação fez que se solicitasse aos estados que definiss<strong>em</strong> municípios-polo apartir de critérios populacionais, regionais, entre outros; e, ainda, que se optasse pela capacitaçãodos agentes do Cras e do Creas como meta do pacto. Este t<strong>em</strong>a será tratado logoadiante. O objetivo é garantir, <strong>em</strong> cada município-polo, o funcionamento de um conjuntode serviços – chamado de kit básico –, quais sejam: centro de referência, delegacia especializada,abrigamento, defensoria pública e juizado especial, aos quais se somou tambémo serviço de atendimento ao agressor – uma das inovações introduzidas pela Lei Maria daPenha, financiado com recursos do Pronasci.As ações previstas no projeto integral básico resultaram <strong>em</strong> projetos de solicitação definanciamento, destinados tanto à SPM quanto aos d<strong>em</strong>ais parceiros no nível federal –especialmente Ministério da Saúde e Ministério da Justiça. Esta foi outra importanteconquista da impl<strong>em</strong>entação do pacto, pois pela primeira vez os outros ministérios responsáveispor ações da política de enfrentamento da violência de fato assumiram seupapel, destinando recursos e integrando-se ao processo de planejamento. Para tanto, foiinstalada a Câmara Técnica do pacto, composta por representantes dos seguintes órgãos:SPM; Casa Civil; MS; MJ; Ministério do <strong>Desenvolvimento</strong> Social e Combate à Fome(MDS); Ministério do Trabalho e Emprego (MTE); Ministério das Cidades (MCidades);Ministério da Educação (MEC); Ministério do Turismo (MTur); Ministério da Cultura(MinC); Ministério do <strong>Desenvolvimento</strong> Agrário (MDA); Ministério do <strong>Planejamento</strong>,Orçamento e Gestão (MPOG); Secretaria Especial dos Direitos Humanos (SEDH); eSecretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir). De acordocom a portaria que a instituiu, a Câmara Técnica t<strong>em</strong> por finalidade:(...) propor e elaborar ações de enfrentamento à violência contra as mulheres, deliberar sobrea destinação dos recursos federais para essas ações, coordenar a execução do Pacto, monitoraro seu desenvolvimento, o cumprimento das metas apresentadas, elaborar estratégias e avaliarresultados (BRASIL, 2008d).A Câmara Técnica deve reunir-se periodicamente, analisar e aprovar todos os projetosintegrais básicos dos estados. Paralelamente, recomenda-se a constituição de câmaras técnicasestaduais, também compostas por representantes dos diversos setores do governo envolvidosna política, b<strong>em</strong> como representante(s) dos municípios priorizados. A articulação entre ostrês níveis de governo foi passo importante na trajetória de consolidação do pacto e pode serinterpretada como segundo momento de seu processo de impl<strong>em</strong>entação.747

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