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Brasil em Desenvolvimento: Estado, Planejamento e Políticas - Ipea

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Diagnóstico e Des<strong>em</strong>penho Recente do Programa Nacional de Inclusão de JovensAssim, o ambiente de 2007, resistente a mudanças e inovações, de certo modo permanece.O ProJov<strong>em</strong> ainda não chegou a alterar a situação de falta de articulação dos programasfederais <strong>em</strong>ergenciais de juventude, tampouco logrou superar completamente seus probl<strong>em</strong>asde paralelismos e superposições. Como ex<strong>em</strong>plo, citam-se as modalidades ProJov<strong>em</strong> Urbanoe ProJov<strong>em</strong> Trabalhador, que visam à formação profissional de jovens com idade e perfissociais s<strong>em</strong>elhantes, <strong>em</strong> municípios e territórios com as mesmas características, com total faltade integração dos cursos de capacitação por estes oferecidos. Como já sugerido por estudodo <strong>Ipea</strong>, o ProJov<strong>em</strong> Urbano poderia responsabilizar-se pela capacitação inicial, enquanto oProJov<strong>em</strong> Trabalhador, pelos cursos mais avançados ou mesmo por oficinas <strong>em</strong> áreas diferentesdaquelas oferecidas por outra modalidade (CASTRO; AQUINO, 2008).Outro probl<strong>em</strong>a identificado é a falta de conhecimento, por parte de muitos representantesdos poderes públicos estadual e municipal, do novo desenho do ProJov<strong>em</strong>. A denominaçãoúnica ProJov<strong>em</strong> provoca confusões, obrigando os gestores de cada modalidade a s<strong>em</strong>prerecorrer aos antigos nomes para d<strong>em</strong>arcar sua identidade.É necessário também mencionar que o recente corte orçamentário <strong>em</strong> todas as modalidadesdo ProJov<strong>em</strong> pode vir a significar que as propostas e as promessas sejam, a curto, médioe longo prazos, realizadas apenas parcialmente.4 Considerações finaisO caminho tomado para implantar políticas integradas de juventude t<strong>em</strong> sido tortuoso, assimcomo t<strong>em</strong> sido o da tentativa de construção de políticas a partir de agenda que inclua, defato, as t<strong>em</strong>áticas e os probl<strong>em</strong>as juvenis, tendo os jovens como participantes deste processo.É preciso admitir, no entanto, por um lado, o esforço da esfera federal no sentido de criarnovos traçados para a constituição de políticas que se voltam para jovens e, por outro lado,o fato de, geralmente, novos desenhos institucionais no âmbito da máquina estatal lutar<strong>em</strong>por espaços de reconhecimento, interferência e poder diante de estruturas burocráticas jáenraizadas na administração pública.Tratando-se de país com enormes desigualdades sociais, é natural e importante que apolítica de juventude privilegie os jovens excluídos e conduza ações mais voltadas para suainclusão. Contudo, dada a diversidade das experiências juvenis e a admissão da condição dojov<strong>em</strong> como sujeito de direitos, não se deve perder de vista que as políticas sociais universaisprecisam caminhar juntas com os programas <strong>em</strong>ergenciais. Além disso, valeria a pena refletire avaliar mais densamente os programas <strong>em</strong>ergenciais que estão sendo implantados, pois,apesar do discurso da <strong>em</strong>ancipação e da participação, a velha fórmula da tutela e do controledos segmentos juvenis parece estar sendo reeditada.711

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