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Brasil em Desenvolvimento: Estado, Planejamento e Políticas - Ipea

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<strong>Brasil</strong> <strong>em</strong> <strong>Desenvolvimento</strong>: <strong>Estado</strong>, <strong>Planejamento</strong> e Políticas PúblicasUm mecanismo de adesão solidária, o Termo de Compromisso de Gestão (TCG), formaliza os acordos.O primeiro TCG foi homologado pela CIT <strong>em</strong> julho de 2006. Em março de 2009 já haviamsido homologados os TCGs dos 27 estados e do Distrito Federal (DF) e de 2.841 municípios.No âmbito federal, ao longo de 2008, os esforços relacionados à qualificação da gestãoestiveram fort<strong>em</strong>ente concentrados <strong>em</strong>: i) elaboração de proposta de reorganização institucionaldo MS; na definição de processos de articulação entre secretarias do MS; ii) estabelecimentode metodologia e impl<strong>em</strong>entação de sist<strong>em</strong>a de acompanhamento das ações incluídasno Mais Saúde; e iii) impl<strong>em</strong>entação de mecanismos de contratualização de metas e resultadoscom dirigentes de suas secretarias e órgãos vinculados.Visando alinhamento do MS ao programa e ao monitoramento contínuo das ações e dosresultados foi lançado, <strong>em</strong> fevereiro de 2008, o Programa Mais Gestão é Mais Saúde, baseado<strong>em</strong> metodologia de gestão matricial de resultados. Este programa é composto de três blocosde intervenção: um voltado para realização de diagnóstico institucional do ministério e desuas unidades da administração direta, cujo objetivo é identificar capacidade do ministério deimpl<strong>em</strong>entar o Mais Saúde no horizonte de t<strong>em</strong>po previsto; o segundo, destinado a oferecersuporte ao esforço de articulação interna, identificando responsabilidades de cada um dosórgãos da administração direta e órgãos vinculados ao MS na impl<strong>em</strong>entação do programae definindo termos da pactuação de responsabilidades destas unidades na impl<strong>em</strong>entação doMais Saúde com ministro, assim como processo de monitoramento da agenda estratégica; eo terceiro, destinado a analisar nível de prontidão dos processos da secretaria executiva, queoferece suporte técnico-administrativo à impl<strong>em</strong>entação do Mais Saúde.Algumas das medidas propostas geraram controvérsia e ainda não foram impl<strong>em</strong>entadas.A reestruturação do ministério prevendo divisão da Secretaria de Atenção à Saúde (SAS), coma separação da área de atenção básica <strong>em</strong> nova Secretaria de Atenção Primária e Promoção daSaúde, sob argumento de fortalecer atenção básica e promoção da saúde, gerou resistência.Na Exposição de Motivos Interministerial n o 228 que encaminhou ao Congresso, <strong>em</strong> agostode 2008, o projeto de lei que altera a estrutura do MS, os ministros do <strong>Planejamento</strong> e daSaúde argumentam que(...) a criação dessa Secretaria significa romper com a estrutura que historicamente orientoua organização do sist<strong>em</strong>a de saúde, na qual os serviços de alta complexidade e alto custos<strong>em</strong>pre foram valorizados <strong>em</strong> detrimento dos procedimentos ditos de baixa complexidade(BRASIL, 2008c).Os críticos da medida, contudo, enxergam nessa proposta retrocesso que carrega o risco deampliar o fosso ainda hoje existente entre ações de diferentes níveis de atenção, comprometendoesforços de introduzir no sist<strong>em</strong>a a lógica da linha de cuidado integral, a consolidação da atençãobásica como nível estruturador do sist<strong>em</strong>a e a possibilidade de melhor articulação entre açõesde diferentes níveis de complexidade. Além disso, para os críticos, a capacidade de pressão dosinteresses relacionados à atenção de média e alta complexidade na disputa orçamentária é muitomaior e poderia levar a atenção básica a subfinanciamento ainda maior do que o hoje existente.604

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