12.07.2015 Views

Brasil em Desenvolvimento: Estado, Planejamento e Políticas - Ipea

Brasil em Desenvolvimento: Estado, Planejamento e Políticas - Ipea

Brasil em Desenvolvimento: Estado, Planejamento e Políticas - Ipea

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

<strong>Brasil</strong> <strong>em</strong> <strong>Desenvolvimento</strong>: <strong>Estado</strong>, <strong>Planejamento</strong> e Políticas Públicas2.1.1 Evolução do analfabetismo no período 2004-2007Análise preliminar das taxas de analfabetismo da população de 15 anos ou mais aponta paratendência de queda lenta e pouco expressiva. No período 2004-2007, houve redução deapenas 1,4 ponto percentual (p.p.), de modo que o índice médio nacional situou-se <strong>em</strong> 10%neste último ano.Na comparação dos des<strong>em</strong>penhos regionais, chama atenção que a menor queda ficoupor conta da região Nordeste, onde a incidência do analfabetismo s<strong>em</strong>pre foi maior. Dess<strong>em</strong>odo, houve ampliação das desigualdades inter-regionais concernentes a este indicador.Portanto, além de tais desigualdades ser<strong>em</strong> históricas e significativas, o que surpreende é ofato de ainda hoje estar sendo acirradas.Também vêm sendo ampliadas as diferenças nas taxas de analfabetismo das populaçõesresidentes nos meios rural e urbano. Fica evidenciado que a redução do analfabetismo na árearural ocorreu <strong>em</strong> menor intensidade que a verificada na área urbana, na qual houve diminuiçãodo número de analfabetos <strong>em</strong> todas as faixas etárias analisadas. Por sua vez, tendência oposta foiidentificada <strong>em</strong> relação à população de 60 anos ou mais residente <strong>em</strong> áreas rurais. Neste caso, maisde 132 mil analfabetos somaram-se ao contingente existente <strong>em</strong> 2004. Ou seja, este aumento sedeve aos adultos que tinham pelo menos 57 anos, <strong>em</strong> 2004, e que não foram alfabetizados.A evolução do analfabetismo também se apresenta bastante diferenciada, quando esteé decomposto por faixas etárias e segundo a localização do domicílio. O número de analfabetosjovens sofreu redução considerável nas zonas urbanas e, sobretudo, na área rural. Mas,quando se trata da população de 60 anos ou mais, tendências distintas foram observadas,conforme mostra a tabela 1.TABELA 1Índices de redução do número de analfabetos por faixa etária, segundo a localização do domicílio –<strong>Brasil</strong>, 2004-200715 a 29 anos 30 a 39 anos 40 a 49 anos 50 a 59 anos 60 anos ou maisRural 29,7 8,4 5 5 8Urbana 22,6 16,1 6 1,6 2,3Fonte: PNAD/Instituto <strong>Brasil</strong>eiro de Geografia e Estatística (IBGE).Elaboração: Diretoria de Estudos Sociais (Disoc)/<strong>Ipea</strong>.Uma das prováveis causas da maior queda da taxa de analfabetismo entre jovens do meiorural está relacionada à migração para as cidades de parte deste estrato populacional. 4 Ad<strong>em</strong>ais,foi ampliado o contingente de analfabetos entre pessoas de 60 anos ou mais, devido ao aumentodo número de idosos analfabetos na área rural e à pequena redução ocorrida entre os residentesnas áreas urbanas. Desse modo, os idosos analfabetos passaram a representar 40% do total deanalfabetos de 15 anos ou mais, enquanto que <strong>em</strong> 2004 correspondiam a 37% do total.4. Entre 2004 e 2007, a população de 15 a 29 anos residente <strong>em</strong> áreas urbanas cresceu 1,8%, enquanto no meio rural este estrato populacionaldecresceu 1,9%. No mesmo período, houve redução de cerca de 240 mil analfabetos nesta faixa etária entre os residentes nas cidades, ao passoque na zona rural a diminuição foi de quase 269 mil.620

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!