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Brasil em Desenvolvimento: Estado, Planejamento e Políticas - Ipea

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<strong>Brasil</strong> <strong>em</strong> <strong>Desenvolvimento</strong>: <strong>Estado</strong>, <strong>Planejamento</strong> e Políticas PúblicasNo momento, um dos grandes desafios da SECAD é impl<strong>em</strong>entar Sist<strong>em</strong>a de Monitoramentodo ProJov<strong>em</strong> Campo. Já está construído o módulo do sist<strong>em</strong>a para cadastro dos jovense das informações das turmas, que foi liberado, para as secretarias estaduais de educação, <strong>em</strong>versão online, para cadastramento de coordenadores de turmas, educadores, turmas e jovensbeneficiários. Está sendo desenvolvida a integração entre o Sist<strong>em</strong>a de Gestão de Benefícios(SGB) e a Caixa Econômica Federal (CEF) para atribuição do Número de Inscrição Social(NIS), verificação de cumulatividade de benefícios e liberação do pagamento.Por último, cabe mencionar que o Saberes da Terra nunca foi objeto de avaliação, o que nãopermite dimensionar, de fato, a eficácia e a efetividade de suas ações e dar parâmetros objetivos paraa organização do ProJov<strong>em</strong> Campo. O novo programa atualmente também carece de orçamento –reduzido a quase metade <strong>em</strong> 2009 – e quadro permanente de recursos humanos. Além disso, hágrandes dificuldades na burocracia da gestão, desproporcional diante da complexidade da proposta.3.3 Políticas de juventude integradas?Como já mencionado, a instituição do novo ProJov<strong>em</strong> teve como objetivo declarado responderao desafio de aumentar a integração entre os programas <strong>em</strong>ergenciais existentes destinadosà juventude. Ora, <strong>em</strong> que medida, hoje, é possível afirmar que a unificação destes programassob única rubrica atendeu a este propósito?Embora seja possível reconhecer o esforço da Secretaria Nacional de Juventude no sentidode desenhar e coordenar política de juventude mais orgânica, as quatro modalidades do ProJov<strong>em</strong>pouco articulam-se, <strong>em</strong>bora concorram, com diferentes ênfases e intensidades, para os mesmosobjetivos, quais sejam: i) promover a elevação da escolaridade; ii) ampliar o repertório do jov<strong>em</strong>,relacionado ao mundo do trabalho; e iii) promover o desenvolvimento humano e a participaçãocidadã. Constata-se, por parte de técnicos e gestores, quase absoluto desconhecimento das açõesimplantadas e dos probl<strong>em</strong>as enfrentados por outros órgãos, ficando cada qual restrito às questõesrelacionadas à execução de suas próprias ações. Há, ainda, por parte dos órgãos executoresdas modalidades, forte apego às marcas dos antigos programas, pelo que representam <strong>em</strong> termosde promoção institucional, realizada, s<strong>em</strong> dúvida, a custo de grande trabalho para obter-se avançosno desenho e na gestão de suas ações, além do esforço de divulgação.A intersetorialidade na implantação do ProJov<strong>em</strong> que, <strong>em</strong> sua concepção inicial, visava iralém da sua gestão compartilhada e alcançar efetiva integração das ações promovidas por cadaum dos ministérios parceiros, “na prática, no cotidiano, não existe, é apenas burocrática”. 11A Secretaria Nacional de Juventude, responsável por articular as modalidades do ProJov<strong>em</strong> etambém os d<strong>em</strong>ais programas e projetos, <strong>em</strong> âmbito federal, t<strong>em</strong> apresentado grandes limitações<strong>em</strong> sua capacidade de produzir transversalidade no interior da máquina pública <strong>em</strong>torno de ações destinadas aos jovens. O comitê gestor do programa, com caráter intersetorial,restringe-se a ocupar-se de questões bastante pontuais, como a distribuição de verba para apublicidade de cada uma das modalidades.11. Entrevista com coordenador de uma das modalidades, realizada <strong>em</strong> março de 2009.710

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