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Brasil em Desenvolvimento: Estado, Planejamento e Políticas - Ipea

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<strong>Brasil</strong> <strong>em</strong> <strong>Desenvolvimento</strong>: <strong>Estado</strong>, <strong>Planejamento</strong> e Políticas PúblicasA despeito desse acentuado progresso, entretanto, persiste grave deficiência na coberturada vacina antitetânica, fundamental para evitar o tétano neonatal, com apenas 31% das criançasmenores de 5 anos tendo mães que receberam as três doses devidas. 9O progresso na assistência à gestação, além de acelerado, foi também extr<strong>em</strong>amenteequalizador com grande avanço no acesso de mulheres que viv<strong>em</strong> no meio rural e na regiãoNordeste. Em 1996, 32% das crianças do meio rural tinham mães que não haviam realizadosequer uma consulta pré-natal; hoje este número diminuiu para 4%. Além disso, mais de uma<strong>em</strong> cada quatro crianças na região Nordeste possuíam mães que não faziam qualquer consultapré-natal; hoje, apenas uma <strong>em</strong> cada 50 crianças nordestinas t<strong>em</strong> mãe que não faz algumaconsulta pré-natal. Enquanto há dez anos quase dois terços das crianças da região Nordestetinham mães que não possuíam cartão pré-natal, hoje apenas 6% encontram-se nesta situação.O progresso no meio rural e na região Nordeste não foi apenas acelerado, mas tambémfoi mais rápido que a média nacional, fazendo que as disparidades entre áreas urbanas e ruraise entre as regiões declinass<strong>em</strong> substancialmente.Concomitante a essa redução das disparidades espaciais, ocorreu redução nas disparidadesentre grupos socioeconômicos <strong>em</strong> relação à porcentag<strong>em</strong> de crianças cujas mães não possuíamcartão pré-natal. Em 1996, a diferença entre grupos extr<strong>em</strong>amente vulneráveis e nãovulneráveis era de 21 p.p. Ao longo da última década, a situação de ambos os grupos melhorou,tendo as famílias vulneráveis beneficiado-se mais. Em 2006, a porcentag<strong>em</strong> de criançascujas mães não possuíam cartão pré-natal era muito similar nos dois grupos. Com relação àporcentag<strong>em</strong> de crianças cujas mães não receberam as três doses da vacina antitetânica, apesardo declínio nas disparidades, as porcentagens ainda são muito elevadas para ambos os grupos(aproximadamente 65%).3.1.2 Assistência ao partoO acentuado progresso observado ao longo da última década também foi evidente na assistênciaao parto. Em 2006, apenas 11% das crianças nasceram fora de instituição de saúdee s<strong>em</strong> a assistência de médico, enquanto há uma década 22% das crianças nasceram s<strong>em</strong> adevida atenção médica.Ao contrário da assistência à gestação, o progresso na assistência ao parto não contribuiupara a redução das desigualdades regionais. Em 1996, a porcentag<strong>em</strong> de crianças cujo partoocorreu fora de instituição de saúde e s<strong>em</strong> a assistência de médico era 3,5 vezes maior na regiãoNordeste que na região Sul; <strong>em</strong> 2006, esta razão aumentou cerca de seis vezes. As desigualdadesentre áreas urbanas e rurais, no entanto, declinaram ao longo da década. Em 1996, a porcentag<strong>em</strong>de crianças cujo parto domiciliar ocorreu s<strong>em</strong> a assistência de profissional de saúde nas áreasrurais era 2,6 vezes maior que nas áreas urbanas; <strong>em</strong> 2006 tal razão declinou para menos de dois.9. “Toda mulher <strong>em</strong> idade fértil deve se imunizar, tomando três doses da vacina antitetânica e uma de reforço a cada 10 anos. Essa vacina éfundamental para evitar o tétano neonatal, também conhecido como ‘mal de sete dias’, que é uma doença infecciosa causada pela contaminaçãodo coto umbilical do recém-nascido pelo bacilo do tétano.” Disponível <strong>em</strong>: .680

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