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Brasil em Desenvolvimento: Estado, Planejamento e Políticas - Ipea

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Sumário AnalíticoOs últimos capítulos 29 e 30 têm a ver com muitos dos fatores de configuraçãopolítico-institucional e de tecnologias de gestão pública presentes nos programas antesanalisados e que, de um modo ou de outro, respond<strong>em</strong> por partes importantes de seussucessos ou fracassos. No capítulo 29, atinente às mencionadas “tecnologias”, procura-seavaliar <strong>em</strong> que medida a proposta de superação do tratamento convencional por organizaçõesverticais setorializadas v<strong>em</strong>, de fato, instaurando-se como forma mais eficaz degestão de áreas-probl<strong>em</strong>a inseridas nas agendas de política mais recentes. O capítulo 30dedica-se à dimensão das estruturas políticas e aos dispositivos institucionais que permitiriamaos atores sociais envolvidos nestas áreas-probl<strong>em</strong>a – ou nas questões de acessoa bens públicos e s<strong>em</strong>ipúblicos ou a ofertas sistêmicas de proteção social e promoçãohumana – intervir nos processos de formulação de políticas e assegurar a persistênciadas estratégias e dos objetivos firmados nestes processos, ao longo de sua impl<strong>em</strong>entaçãoe/ou na gestão dos sist<strong>em</strong>as que os provêm.A proposta de tratamento transversal dos t<strong>em</strong>as da agenda política nas estruturas degestão, e <strong>em</strong> especial nas tecnologias de planejamento e orçamento público e de gestão deprogramas, pareceu ganhar adesão quando da revisão do exercício final do PPA 2000-2003 <strong>em</strong>ais ainda na elaboração do PPA 2004-2007, de par com a proposta de desenhar progressivamenteos novos planos federais <strong>em</strong> termos de alocação territorializada de metas e recursos.Entretanto, esta postura encontrou fortes resistências, gerando certa ambiguidade na elaboraçãoe na impl<strong>em</strong>entação de tais planos.O estudo <strong>em</strong> pauta enfrenta, de início, o probl<strong>em</strong>a de explicar como ocorre tal ambiguidade,constantando que a transversalidade t<strong>em</strong> sido alvo de:• más interpretações relacionadas ao conteúdo do conceito;• dúvidas sobre sua real contribuição para conferir eficácia à gestão pública;• debates sobre sua pertinência; e• críticas quanto a restringir o <strong>em</strong>prego do conceito pelos órgãos governamentais arecortes populacionais específicos.Diante disso, propõe-se a avaliar a incorporação do tratamento transversal nas políticaspúblicas voltadas para mulheres, negros, pessoas com deficiência, crianças, adolescentes ejovens, b<strong>em</strong> como as visões dos gestores destas políticas sobre o que seja transversalidade;pois, de modo diverso ao que, <strong>em</strong> geral, está ocorrendo, o conceito de transversalidade, <strong>em</strong>sentido estrito, pressuporia abordag<strong>em</strong> interdepartamental e criação de fóruns horizontaispara diálogo e tomada de decisão, <strong>em</strong> que conhecimentos, recursos e técnicas acumulados<strong>em</strong> cada espaço institucional pudess<strong>em</strong> atuar <strong>em</strong> sinergia. Quando aplicado a políticas paragrupos populacionais específicos, por ex<strong>em</strong>plo, o conceito compreende as ações que, tendopor objetivo lidar com determinada situação enfrentada por um ou mais destes grupos, articulamdiversos órgãos setoriais, níveis da Federação ou mesmo setores da sociedade <strong>em</strong> suaformulação e/ou execução.665

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