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universidade de uberaba programa de mestrado em ... - Uniube

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264O Regulamento <strong>de</strong> 1934 do Colégio Nossa Senhora das Dores, <strong>em</strong> seu Artigo 12º,previa punições às alunas que viess<strong>em</strong> a cometer <strong>de</strong>terminadas faltas:As alunas nas suas transgressões ao Regulamento e ao Regime Interno serãojulgadas pela Diretoria que lhes aplicará as penas a<strong>de</strong>quadas.§ único: Ás alunas do Curso Secundário as penas serão aplicadas <strong>de</strong>conformida<strong>de</strong> com o it<strong>em</strong> D, da circular nº 625, <strong>de</strong> 6 <strong>de</strong> set<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1933,que faz<strong>em</strong> parte integran<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste capitulo.São consi<strong>de</strong>rados motivos <strong>de</strong> eliminação:a) Falta <strong>de</strong> moralida<strong>de</strong>.b) Ostentação <strong>de</strong> irreligiosida<strong>de</strong>.c) Máo procedimento e insubordinação incorrigível.d) Falta habitual <strong>de</strong> aplicação ao estudo.e) Injustificável atrazos nos pagamentos (ACNSD, 1934, p. 3).Nas escolas normais dominicanas, o princípio da autorida<strong>de</strong> da professora-formadoraera fundamental. A ela cabia o papel <strong>de</strong> formar as novas gerações <strong>de</strong> mulheres, obe<strong>de</strong>cendo auma rígida <strong>programa</strong>ção que permeava todo o currículo. Apesar <strong>de</strong> a escola normal doColégio Nossa Senhora das Dores ser equiparada às escolas normais oficiais, o que, naprática, significava que a sua estrutura curricular <strong>de</strong>veria seguir as <strong>de</strong>terminações dosregulamentos estaduais, a concepção <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> professores que sustentava o currículoera bastante distinto das escolas mantidas pelo estado. Nesse caso, o modo como cadaconteúdo curricular era estudado passava pelo filtro dominicano, que imprimia nele a suavisão <strong>de</strong> mundo e <strong>de</strong> educação.A preocupação <strong>em</strong> afastar as alunas <strong>de</strong> tudo que era consi<strong>de</strong>rado perigoso para aformação religiosa que se pretendia alcançar na escola normal dava à pedagogia dominicanaum direcionamento rígido. Nessa perspectiva, a<strong>de</strong>ntrar campos <strong>de</strong>sconhecidos, através dapesquisa livre, era algo in<strong>de</strong>sejável. Perguntada se havia, na escola, ambientes preparadospara o livre exercício da pesquisa, Mendonça (2007) afirmou: “Não, nada disso. Havia só abiblioteca, com livros escolhidos, naturalmente. Eles passavam por um filtro, para não <strong>de</strong>ixarpassar algum livro que pu<strong>de</strong>sse causar impacto, sob o ponto <strong>de</strong> vista moral, da moral vigentena época, ou religioso. [...] Havia também o herbário, os animais <strong>em</strong>palhados... taxi<strong>de</strong>rmia,né?!... Tudo coisa muito el<strong>em</strong>entar.”Nessa concepção formativa, a professora da escola normal (quase s<strong>em</strong>pre umareligiosa dominicana) era a luz que <strong>de</strong>veria guiar as alunas no sentido correto da vida. Comtal responsabilida<strong>de</strong>, era fundamental que as mestras foss<strong>em</strong> munidas <strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong> bagag<strong>em</strong>cultural, que lhes <strong>de</strong>sse a firmeza e a convicção <strong>de</strong> que eram realmente <strong>de</strong>tentoras do saber.Boa parte das irmãs dominicanas, antes <strong>de</strong> assumir a enorme responsabilida<strong>de</strong> representada

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