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universidade de uberaba programa de mestrado em ... - Uniube

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77católico-humanista foi substituído por outro, que difundia os valores do nacionalismo e dacidadania, incorporando, às matérias consi<strong>de</strong>radas científicas, as disciplinas importantes àformação <strong>de</strong> novos hábitos, como Instrução Moral e Cívica e Higiene.No início do século XX, as reformas do ensino no Brasil passaram a oscilar entre ainfluência humanista clássica e a positivista. A primeira corrente saiu vitoriosa no código <strong>de</strong>Epitácio Pessoa (1901), que acentuou a parte literária, ao incluir a lógica e retirar a biologia, asociologia e a moral. Por outro lado, a Reforma Rivadávia Corrêa (1911) retomou aorientação positivista, tentando, <strong>de</strong>ntre outras medidas, infundir um critério prático ao estudodas disciplinas. Já as reformas <strong>de</strong> 1915 (Carlos Maximiliano) e <strong>de</strong> 1925 (Luiz Alves / RochaVaz), retomaram a tendência humanista (RIBEIRO, 1984).A influência positivista na formação <strong>de</strong> professores brasileiros, <strong>em</strong>bora curta, po<strong>de</strong> serentendida como o primeiro passo rumo à superação do Paradigma do Magister, ao propor umcurrículo cientificamente organizado e a transformação do antigo mestre transmissor <strong>de</strong>conhecimentos <strong>em</strong> um profissional executor <strong>de</strong> planos instrucionais i<strong>de</strong>alizados pelo Estado.Embora a formação técnica dos professores só tenha conseguido consolidar a sua base <strong>de</strong>apoio a partir da década <strong>de</strong> 1920, com a divulgação dos estudos <strong>de</strong> Bobbitt, Thorndike eWatson, e dos tratados <strong>de</strong> psicologia experimental, o positivismo educacional é, com certeza,o berço <strong>de</strong>ssa concepção <strong>de</strong> formação docente, com o que concordam muitos teóricos: Saviani(2005, p. 14), falando da Pedagogia Tecnicista, afirma que “Sua base <strong>de</strong> sustentação teórica<strong>de</strong>sloca-se para a psicologia behaviorista, a engenharia comportamental, a ergonomia,informática, cibernética, que têm <strong>em</strong> comum a inspiração filosófica neopositivista e o métodofuncionalista”; já Contreras (2002, p.94), ao explicar os princípios que fundamentam aracionalida<strong>de</strong> técnica, afirma:Tal como expressa Schön, a concepção positivista do conhecimentocientífico é a que sustenta esse mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> racionalida<strong>de</strong> técnica. De umlado, reduz o papel do conhecimento às regras <strong>de</strong> causa e efeito quepermit<strong>em</strong> a predição dos fenômenos e sua conseqüente manipulação econtrole. Por outro lado, reduz o conhecimento prático a um conhecimentotécnico, na medida <strong>em</strong> que as relações causais po<strong>de</strong>m se transformar <strong>em</strong>relações instrumentais, ou ainda construindo um conhecimento das relaçõesentre os meios e os fins, estabelecendo experiências que permitam compararquais são os meios que melhor consegu<strong>em</strong> os fins pretendidos.Mas, se por um lado, a influência comteana <strong>de</strong>u certo tom técnico-científico àformação <strong>de</strong> professores, por outro, não se po<strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rar que o mo<strong>de</strong>lo da racionalida<strong>de</strong>técnica – concepção <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> professores heg<strong>em</strong>ônica a partir do final da década <strong>de</strong>1950 – já estivesse presente no contraditório positivismo educacional implantado nas escolas

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