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universidade de uberaba programa de mestrado em ... - Uniube

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288instituição, já que havia, na cida<strong>de</strong>, escolas confessionais católicas. E, por fim, fazia umúltimo apelo aos radicais católicos:Mas, pelo amor <strong>de</strong> Deus que adoram, não venham <strong>de</strong>negrir umestabelecimento <strong>de</strong> que Uberaba só aguarda, confiante, resultados frutuosos.Não consentimos nesse acto <strong>de</strong> intolerância, nesse <strong>de</strong>sserviço a Uberaba,s<strong>em</strong> o nosso franco e veh<strong>em</strong>ente protesto. (LAVOURA E COMÉRCIO,21/02/1909, p. 1)Entretanto, apesar <strong>de</strong> ter sido formalmente apresentada à direção do Granbery, aproposta contida no Projeto <strong>de</strong> Lei nº 30 acabou não se transformando <strong>em</strong> lei. SegundoFERREIRA (1928), a influência do clero local, que não <strong>de</strong>sejava uma escola protestanteconcorrendo com as instituições católicas do município, foi fundamental na retirada doprojeto. Para conseguir esse intento, a Igreja recorreu à ajuda do coronel Raymundo Soares <strong>de</strong>Azevedo, católico fervoroso, pertencente à Or<strong>de</strong>m Terceira do Rosário e pessoa influente dopartido político dominante na Câmara, o P.R.M. D<strong>em</strong>ocrata. Azevedo exigiu doscompanheiros <strong>de</strong> partido que o projeto fosse vetado; caso contrário, retirar-se-ia do partido earrastaria gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> eleitores sob sua influência. A or<strong>de</strong>m dada pelo coronel foiacatada e os vereadores votaram, <strong>em</strong> sua maioria, contra a aprovação do projeto, que acabou<strong>de</strong>rrubado na Câmara Municipal, o que inviabilizou, pela primeira vez, a Universida<strong>de</strong>Protestante.Com a <strong>de</strong>rrota dos metodistas, a década <strong>de</strong> 1910 assistiu a forte consolidação daheg<strong>em</strong>onia católica <strong>em</strong> Uberaba, a qual podia ser sentida <strong>em</strong> vários setores da socieda<strong>de</strong>. Asinstituições <strong>de</strong> ensino confessionais católicas consolidaram-se como as mais importantes dacida<strong>de</strong>, alinhando seus currículos e propostas pedagógicas aos interesses das elites locais. Emcontrapartida, a Igreja Católica recebia o amparo da burguesia local para seus projetos sociaise para a reforma e construção <strong>de</strong> t<strong>em</strong>plos, do s<strong>em</strong>inário e da residência episcopal.Em 24 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 1915, foi fundado, na cida<strong>de</strong>, o Circulo Catholico, que, aprincípio, po<strong>de</strong> ser visto como uma associação <strong>de</strong> finalida<strong>de</strong> recreativa e cultural, mas que,sob um olhar crítico, revela-se uma das mais radicais barricadas <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa dos interessesconservadores já existentes <strong>em</strong> Uberaba. Era presidido por um leigo, o médico João TeixeiraÁlvares, fervoroso a<strong>de</strong>pto da religião católica e <strong>de</strong>tentor <strong>de</strong> uma biografia singular: hom<strong>em</strong> <strong>de</strong>gran<strong>de</strong> cultura erudita, ex-m<strong>em</strong>bro do antigo Partido Monarquista local 158 , articulista dosjornais Lavoura e Comércio e Correio Católico, cirurgião marcado por sucessos e errosmédicos, m<strong>em</strong>bro da Aca<strong>de</strong>mia Nacional <strong>de</strong> Medicina, fundador da Socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina e158 Foi um dos m<strong>em</strong>bros do diretório que tentou reorganizar o partido <strong>em</strong> Uberaba, no ano <strong>de</strong> 1900.

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