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universidade de uberaba programa de mestrado em ... - Uniube

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63técnico e profissional – e, nesse ponto, é consi<strong>de</strong>rada por alguns autores como <strong>de</strong>mocrática erevolucionária –, <strong>em</strong> <strong>de</strong>trimento do ensino superior, cuja preferência r<strong>em</strong>ontava ao períodocolonial (ARANHA, 1996).Assim, <strong>em</strong> 1938, <strong>em</strong> plena vigência do Estado Novo, existiam, no Brasil, diversasfaculda<strong>de</strong>s isoladas e quatro <strong>universida<strong>de</strong></strong>s: Minas Gerais (1927), Porto Alegre (1934), SãoPaulo (1934) e Rio <strong>de</strong> Janeiro (1935). Dessas, apenas as duas últimas possuíam, como parteintegrante do sist<strong>em</strong>a universitário, faculda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Educação, Filosofia, Ciências e Letras,prepostas ao duplo fim <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento da cultura filosófica e científica e <strong>de</strong> formação <strong>de</strong>professores <strong>em</strong> nível superior, conforme pregava o mo<strong>de</strong>lo al<strong>em</strong>ão <strong>de</strong> <strong>universida<strong>de</strong></strong>.1.3 Formação <strong>de</strong> professores no Brasil até 1938: as mudanças <strong>de</strong> paradigmaAo longo da história da formação docente no Brasil, observamos a influência <strong>de</strong>alguns paradigmas – contendo <strong>de</strong>terminadas concepções <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> professores –, osquais foram dominantes <strong>em</strong> contextos sócio-históricos específicos. No período compreendidoentre o início da colonização brasileira e o ano <strong>de</strong> 1938, po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>stacar a ascendência <strong>de</strong>alguns paradigmas – utilizando a nomenclatura adotada por Alleoni (2003) que, por sua vez,apropriou-se dos conceitos criados pelo pesquisador português Rogério Fernan<strong>de</strong>s – naformação <strong>de</strong> nossos professores: Paradigma do Magister (ou do Transmissor <strong>de</strong>Conhecimentos); Paradigma do Pedagogo; e Paradigma do Técnico. Buscar<strong>em</strong>os, então,mostrar como tais concepções mo<strong>de</strong>laram as instituições <strong>de</strong> formação docente <strong>em</strong> diferentesmomentos da história da educação brasileira.Conforme já tratamos, até a quarta década do século XIX, não havia, no Brasil,instituições <strong>de</strong> ensino <strong>de</strong>stinadas exclusivamente à formação <strong>de</strong> professores profissionais,comprometidos apenas com a instrução. Durante o período colonial, com a responsabilida<strong>de</strong>da educação nas mãos dos jesuítas, a formação docente subordinava-se, primeiramente, àformação do sacerdote, <strong>em</strong>bora a ação pedagógica dos futuros padres fosse <strong>de</strong>talhadamentenormatizada pelo Ratio Studiorum. Na verda<strong>de</strong>, o documento preocupava-se mais com aorganização administrativa dos colégios – ditando, <strong>de</strong> forma rígida, o mo<strong>de</strong>lo das aulas e<strong>de</strong>finindo a hierarquia interna, <strong>de</strong>talhando o trabalho do provincial, do reitor, do prefeito dosestudos, até do mais simples professor – do que com a preparação para o magistério(ARANHA, 1996).

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