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universidade de uberaba programa de mestrado em ... - Uniube

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46iniciativas e realizações no sentido da escolarição do povo brasileiro. Além da ampliação daoferta <strong>de</strong> ensino por parte das províncias, os liberais lutavam também pela introdução dasinovações pedagógicas surgidas na Europa e na América do Norte – como a metodologiaintuitiva <strong>de</strong> Pestalozzi. No caso das escolas normais, foi nesse período que começaram a serintroduzidas as matérias consi<strong>de</strong>radas científicas sob o ponto <strong>de</strong> vista positivista, assim comoo ensino prático <strong>em</strong> laboratórios, os congressos e exposições pedagógicas e os novoscompêndios (HILSDORF, 2003).A última reforma educacional do período imperial foi a Reforma Leôncio <strong>de</strong> Carvalho,acontecida <strong>em</strong> 1879. Além <strong>de</strong> criar novas normas para o ensino primário e secundário daCorte, a lei introduziu o princípio da liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensino e pesquisa, realizou alterações nosplanos das faculda<strong>de</strong>s e imprimiu as condições para a criação <strong>de</strong> escolas livres (particulares),o que permitiu à iniciativa privada aumentar a sua participação no campo da educaçãobrasileira (NORONHA, 1998).A lei do ensino livre, <strong>de</strong> Leôncio <strong>de</strong> Carvalho, representou a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>concretização do princípio laissez-faire no ensino, o que se refletiu, também, na criação <strong>de</strong>escolas normais particulares. Inicialmente <strong>de</strong>stinadas apenas aos rapazes, essas escolaspassaram a aten<strong>de</strong>r a uma clientela cada vez maior <strong>de</strong> mulheres, o que se <strong>de</strong>veu,principalmente nas últimas décadas do século XIX, à expansão das escolas religiosas,representadas, <strong>em</strong> sua maioria, pelas instituições francesas <strong>de</strong> educação f<strong>em</strong>inina.No caso específico <strong>de</strong> Minas Gerais, a situação não diferia muito do que acontecia nas<strong>de</strong>mais províncias. O crescimento da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> escolas normais públicas só ocorreu a partir dadécada <strong>de</strong> 1880, graças ao crescimento da influência dos liberais no governo provincial. Em1889, no final do Império, funcionavam, na Província <strong>de</strong> Minas Gerais, escolas normaisoficiais nas seguintes cida<strong>de</strong>s: Ouro Preto, Campanha, Diamantina, Montes Claros, Paracatu,Sabará, São João Del Rei e Uberaba (BORGES, 2005). Nessas escolas, segundo a mesmaautora, “Eram precárias as estabilida<strong>de</strong>s do professor e dos <strong>de</strong>legados (nomeados, pelopresi<strong>de</strong>nte provincial, para a fiscalização dos quinze Círculos Literários)” (BORGES, 2005, p.246).Por outro lado, no período imperial, o ensino superior mineiro ficou restrito a poucasiniciativas, já que apenas dois estabelecimentos funcionaram durante um t<strong>em</strong>po apreciável: aEscola <strong>de</strong> Farmácia e a Escola <strong>de</strong> Minas, ambas <strong>em</strong> Ouro Preto. A primeira fora criada pelalei nº 140, <strong>de</strong> 4 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1839, que criou também um curso <strong>de</strong> Farmácia <strong>em</strong> São João DelRei (este acabou não vingando), enquanto a segunda foi criada pelo Decreto nº 6.026, <strong>de</strong> 6 <strong>de</strong>

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