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universidade de uberaba programa de mestrado em ... - Uniube

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403interessante análise das estratégias didáticas que po<strong>de</strong>m ser utilizadas pelos professores, apartir da perspectiva da escola ativa, para conseguir a atenção e o interesse dos alunos. Ascolocações da autora surpreen<strong>de</strong>m pela atualida<strong>de</strong> e contrapõ<strong>em</strong>-se totalmente ao mo<strong>de</strong>lo dapedagogia tradicional, esmagadoramente majoritária na época. No trecho seguinte, transcritoda monografia, No<strong>em</strong>y Junqueira expõe a sua concepção <strong>de</strong> aluno e a sua opinião a respeitoda punição como forma <strong>de</strong> manter a atenção na sala <strong>de</strong> aula:Era uma concepção errônea, dos antigos educadores, supor<strong>em</strong> que ascreanças eram homens <strong>em</strong> miniatura e, que elas po<strong>de</strong>riam estudar da mesmaforma que os adultos, mas também <strong>em</strong> miniatura. É um erro felizmentebanido, e é a crença compreendida hoje como uma unida<strong>de</strong> funcional, quet<strong>em</strong> seus gostos próprios, seus interesses e suas ativida<strong>de</strong>s. Por isso chegouseá conclusão <strong>de</strong> que para se obter a atenção do aluno é mister recorrer aoatrativo, á curiosida<strong>de</strong>; o constrangimento e as penas <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser abolidas,ficando <strong>em</strong> <strong>de</strong>staque apenas o <strong>de</strong>sejo e o prazer que produz<strong>em</strong> a atençãointeressada e curiosa. O professor <strong>de</strong>ve criar na creança a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>prestar atenção, fazendo-lhe aparecer no espírito probl<strong>em</strong>as pelos quais elasinta necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resolve-los. O constrangimento pouco vale, pois acreança constrangida executará tudo com má vonta<strong>de</strong> e s<strong>em</strong> atenção; estabrotará por rápidos instantes apenas com muito esforço, <strong>em</strong>pregado pelacreança (JUNQUEIRA, 1935, p. 60).Em outros trechos da obra, a autora <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> uma educação individualizada e centradano aluno. Para ela, “Não basta ao professor conhecer a Psicologia <strong>em</strong> geral, mas sim apsicologia particular <strong>de</strong> cada um dos seus alunos. O que po<strong>de</strong> pren<strong>de</strong>r a atenção <strong>de</strong> um, nãopren<strong>de</strong>rá a <strong>de</strong> outro” (JUNQUEIRA, 1935, p. 61). Defen<strong>de</strong>, também, uma pedagogia quetenha como ponto <strong>de</strong> partida a prática social do aluno: “A escola nova v<strong>em</strong> preencher muitaslacunas <strong>de</strong>ixadas pela escola tradicional. A escola nova faz o seu ensino partir do concreto aoabstrato, do fácil ao difícil, do sensível ao intelegivel. Deve portanto o ensino partir dosconhecimentos da creança, amplia-los” (JUNQUEIRA, 1935, p. 62). Mais adiante, Junqueira(1935) sustenta que a educação <strong>de</strong>veria ser significativa e contextualizada, o que v<strong>em</strong> aoencontro das mais atuais concepções <strong>de</strong> ensino-aprendizag<strong>em</strong>:O ensino <strong>de</strong>ve ser adaptado ao meio <strong>em</strong> que vive a creança, pois ela seinteressa e aten<strong>de</strong> aos estímulos que lhes são presentes. Deve a escola e oensino estar<strong>em</strong> <strong>de</strong>ntro da vida da creança, s<strong>em</strong> o que não haverá umverda<strong>de</strong>iro preparo para a vida adulta. Estas aulas são dadas aproveitando asaptidões das creanças, e favorecendo-lhes o processo atentivo. Os<strong>programa</strong>s <strong>de</strong>v<strong>em</strong> variar <strong>de</strong> paiz a paiz, <strong>de</strong> estado a estado, <strong>de</strong> cida<strong>de</strong> acida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> escola a escola. Uma escola rural não <strong>de</strong>ve ter o mesmo<strong>programa</strong> <strong>de</strong> uma escola urbana (JUNQUEIRA, 1935, p. 63).Por fim, <strong>em</strong> suas consi<strong>de</strong>rações finais, Junqueira (1935) sintetiza sua opinião acerca daeducação e do papel do professor:

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