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universidade de uberaba programa de mestrado em ... - Uniube

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327minutos). [...] Po<strong>de</strong>-se concluir daí, s<strong>em</strong> nenhum exagero, que o t<strong>em</strong>po<strong>de</strong>dicado ás aulas, no s<strong>em</strong>inário, era quase o dobro do utilizado pelosestudantes leigos, não só porque as férias <strong>de</strong>sses eram <strong>de</strong> 105 dias,enquando que a dos S<strong>em</strong>inaristas era <strong>de</strong> 45, e, mais, no S<strong>em</strong>inário estudavaseo dia inteiro (incluindo-se o sábado...). [...] As aulas do curso <strong>de</strong>humanida<strong>de</strong>s (propedêutico e do 1º ao 6º anos), no S<strong>em</strong>inário Menor <strong>de</strong> SãoJosé, obe<strong>de</strong>ciam a um regime disciplinar severo, começando cedo do dia[...] Ao cabo <strong>de</strong> 20 minutos, pós recreio, o sino dava os primeiros sinais afim <strong>de</strong> que os s<strong>em</strong>inaristas se preparass<strong>em</strong> para a fase <strong>de</strong> estudos. De fato,daí a 5 minutos, o sino era uma vez mais acionado, com um toque, trabalhoque Gerson Carneiro ou seu substituto Balthazar sabia cronometrar eexecutar como ninguém. Então, o silêncio era absoluto e todos entravampara o salão coletivo <strong>de</strong> estudos, situado na parte inferior e central doprédio, para uma fase <strong>de</strong> reflexão, pesquisa e anotações do que seriaperguntado <strong>em</strong> classe no momento oportuno. [...] As aulas duravam 60minutos. Em se tratando <strong>de</strong> aprendizado idiomático, o diálogo entre aluno eprofessor (e vice versa) era faito na língua estudada, incluindo-se, aí, asanálises gramatical e léxica (FREITAS, 2002, p. 206-207).Os exames eram rigorosos e, ao final <strong>de</strong> cada s<strong>em</strong>ana, as notas dos alunos eram lidaspara todos os presentes no salão <strong>de</strong> estudos, incluindo as notas relativas ao comportamento.Aqueles que não conseguiam alcançar 8 pontos <strong>de</strong> média nos exames (que valiam 10 pontos)ou 8,5 pontos <strong>em</strong> disciplina eram chamados à Reitoria, para uma entrevista pessoal e análisedas causas que haviam levado àquela pontuação tão pouco expressiva (FREITAS, 2002).Além das aulas e dos estudos individuais, os s<strong>em</strong>inaristas procuravam utilizar-se dopouco t<strong>em</strong>po que lhes restava para aprofundar alguns conhecimentos e evitar a humilhação <strong>de</strong>não se sair<strong>em</strong> b<strong>em</strong> nos exames ou nas argüições orais. Uma das estratégias utilizadas pelosestudantes para melhorar a aprendizag<strong>em</strong> é assim <strong>de</strong>scrita por José Ferreira <strong>de</strong> Freitas:Não só com o objetivo <strong>de</strong> se ampliar o vocabulário, mas, por igual, o <strong>de</strong> sealcançar o aprimoramento <strong>em</strong> lógica, dialética e retórica, vários grupos seformavam, nesse caso constituídos <strong>de</strong> 5 integrantes (do 1º, 2º, 3º, 4º e 5ºanos), que, no recreio, volteando pela alameda <strong>de</strong> ciprestes que envolvia oscampos <strong>de</strong> esportes do S<strong>em</strong>inário e dos irmãos Maristas, brandiam seusconhecimentos intelectuais. Assim, ao 1º da direita era dado o ‘sinal <strong>de</strong>partida’ e, digamos que dissesse: ‘mesa’. S<strong>em</strong> mais <strong>de</strong>mora, alguém <strong>de</strong>veriadizer: ‘mensa’. Ato contínuo, outro dizia: ‘table’; outro, ‘távola’ e outro‘table’, s<strong>em</strong>pre fazendo a versão da palavra portuguesa para o idioma queconhecesse: latim, francês, italiano, espanhol, inglês ou grego. Os do 1º ano,então, tinham que ser mais rápidos, eis que sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fazer versãoterminava no latim e no francês, apenas. Os do 2º tinham mais 2 opçõesidiomáticas (FREITAS, 2002, p. 208).Precisamos acrescentar ainda o fato <strong>de</strong> que, até o final da década <strong>de</strong> 1930, os alunos doS<strong>em</strong>inário prestavam serviço militar com os alunos do Colégio Marista, o que tambémconsumia parte <strong>de</strong> seu dia. Além disso, os s<strong>em</strong>inaristas ainda tinham que encontrar t<strong>em</strong>popara as seguintes ativida<strong>de</strong>s: organização e ensaio <strong>de</strong> peças teatrais e musicais; prática <strong>de</strong>

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