13.07.2015 Views

universidade de uberaba programa de mestrado em ... - Uniube

universidade de uberaba programa de mestrado em ... - Uniube

universidade de uberaba programa de mestrado em ... - Uniube

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

416bastava pesquisar apenas as iniciativas <strong>de</strong> ensino superior e normal isoladamente: <strong>de</strong>cidimosque seria necessário conhecer melhor a história local, com suas contradições e seus aspectossócio-culturais, indo além da pseudoconcreticida<strong>de</strong> que <strong>em</strong>ana da história oficial.Percorr<strong>em</strong>os, também, a história da educação local como um todo, partindo das primeirasiniciativas ocorridas no Arraial da Farinha Podre até atingir o ano <strong>de</strong> 1938. Foi, com certezauma pesquisa extenuante, mas, ao mesmo t<strong>em</strong>po, prazerosa.Des<strong>de</strong> o início <strong>de</strong> nossos trabalhos, tínhamos a compreensão <strong>de</strong> que qualquer tentativa<strong>de</strong> se <strong>em</strong>preen<strong>de</strong>r uma análise histórico-crítica <strong>de</strong> todas as iniciativas educacionais,englobando os ensinos superior e normal, ocorridos <strong>em</strong> Uberaba no extenso período situadoentre os anos <strong>de</strong> 1881 e 1938, seria uma tarefa árdua e, com certeza, incompleta. Apesar disso,<strong>de</strong>cidimos aceitar essa <strong>em</strong>preitada, certos <strong>de</strong> que o produto <strong>de</strong> nosso trabalho, mesmo queincompleto <strong>em</strong> muitos aspectos, seria <strong>de</strong> utilida<strong>de</strong> para outros pesquisadores que <strong>de</strong>cidiss<strong>em</strong>aprofundar-se na investigação iniciada por nós ou para aqueles que <strong>de</strong>sejass<strong>em</strong> conhecer umperíodo pouco valorizado da história da educação uberabense.Nesse sentido, nosso trabalho foi primordialmente historiográfico. Segundo Ferreira(1999), a historiografia é a arte <strong>de</strong> escrever a história; e, como toda arte, requer criativida<strong>de</strong> ecapacida<strong>de</strong> para transformar a matéria-prima inicial <strong>em</strong> um produto belo e significativo. Ahistoriografia t<strong>em</strong>, por ex<strong>em</strong>plo, o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> transformar nomes que, para a imensa maioria dapopulação, ligam-se apenas à i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> algum logradouro público, <strong>em</strong> sujeitoshistóricos, pessoas <strong>de</strong> carne, osso e espírito, tão vivos que suas idéias e experiências <strong>de</strong> vidaecoam até nossos dias.A história é dinâmica e muda cada vez que a observamos com um novo olhar; toda<strong>de</strong>scoberta abre uma nova janela, que ilumina o passado e nos conduz a uma nova história, tãosurpreen<strong>de</strong>nte e tão real que, numa perspectiva quântica, nos dá a certeza <strong>de</strong> que po<strong>de</strong>rá sermudada s<strong>em</strong>pre que conseguirmos <strong>de</strong>svelar alguma verda<strong>de</strong> escondida. Nesse ponto,concordamos plenamente com Kosik (195, p. 53), quando este afirma que: “O fato histórico é,<strong>em</strong> certo sentido, não só um pressuposto da investigação mas um resultado seu”.Pesquisar a trajetória da história da educação <strong>de</strong> Uberaba, <strong>de</strong>ntro dos limites que nosimpus<strong>em</strong>os, trouxe-nos uma gran<strong>de</strong> satisfação pessoal. Com o trabalho <strong>de</strong> investigação eanálise, os prédios escolares, mostrados <strong>de</strong> forma inerte <strong>em</strong> fotografias antigas, ganharamnovamente vida: suas salas <strong>de</strong> aula encheram-se <strong>de</strong> alunos, seus corredores ganharam oburburinho peculiar das instituições <strong>de</strong> ensino e pu<strong>de</strong>mos enxergar claramente os professores,na sua rotina diária <strong>de</strong> ensinar. E, com o passar do t<strong>em</strong>po, tornamo-nos íntimos <strong>de</strong> tais

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!