13.07.2015 Views

Na Terra do Nunca, no lugar de ninguém: dinâmica familiar ...

Na Terra do Nunca, no lugar de ninguém: dinâmica familiar ...

Na Terra do Nunca, no lugar de ninguém: dinâmica familiar ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Procedimentos fundamentais:RA2 – dramatização, exagero;RA4 – afectos maciços;IF7 – fabulação longe <strong>do</strong> cartão;EI3 – evitamentos específicos.Análise qualitativa:Parece-<strong>no</strong>s existir alguma contaminação <strong>do</strong> pensamento, a qual começa <strong>no</strong> sexto cartão, ese prolonga até ao final da prova, não sen<strong>do</strong> este excepção. Efectivamente, Afonso elabora umahistória que se afasta <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong> manifesto <strong>do</strong> cartão, construin<strong>do</strong> uma narrativa com umaintensa agressivida<strong>de</strong> face a uma figura feminina. Uma vez que o presente cartão remete, emtermos <strong>do</strong> seu simbolismo latente, para a representação da constelação <strong>familiar</strong>, po<strong>de</strong>mos pensarque para a criança estes imagos compreen<strong>de</strong>m elementos <strong>de</strong> confusão e perda, concomitantescom uma dimensão <strong>de</strong> agressivida<strong>de</strong> relativamente ao femini<strong>no</strong>, a qual parece remeter para umimago mater<strong>no</strong>, associa<strong>do</strong> a uma percepção <strong>de</strong> fragilida<strong>de</strong> e incapacida<strong>de</strong>.9.“Era uma vez um coelho que vivia sozinho em casa e queria ter uma mãe e apareceu uma macacaque ficou com ele e chamou-lhe Tarzan e a mãe gostava muito <strong>de</strong> dançar Kuduro e meteu o filhoa dançar e o gorila não gostava naaaaaada <strong>de</strong>le. E meteu ele na rua porque ele ‘tava sempre adançar e a cantar e ele <strong>de</strong>sapareceu e ela procurou ele <strong>de</strong>z a<strong>no</strong>s, cinquenta a<strong>no</strong>s, vinte a<strong>no</strong>s, to<strong>do</strong>o tempo que era preciso e ele não apareceu, e ele ‘tava atrás da ponte, morto, esmaga<strong>do</strong> e a ursaviveu triste para sempre. Fim.”Procedimentos fundamentais:IF8 – expressões cruas ligadas a uma temática agressiva;OC9 – perturbações da organização temporal;OC10 - ligações arbitrárias.Análise qualitativa:No cartão que remete para a elaboração da posição <strong>de</strong>pressiva verificamos que Afonsoassocia o estímulo apresenta<strong>do</strong> a uma dimensão <strong>de</strong> aban<strong>do</strong><strong>no</strong>, perda, <strong>de</strong>sencontro (mãe-filho) esolidão, uma angústia <strong>de</strong> perda <strong>do</strong> objecto tão intensa que torna a narrativa pouco coerente (aonível da sintaxe e da organização espaço-temporal, <strong>no</strong>meadamente) e invadida pelo processo143

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!