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Na Terra do Nunca, no lugar de ninguém: dinâmica familiar ...

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separação e perda <strong>do</strong> objecto e a uma intensa necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cuida<strong>do</strong>, protecção e suporteafectivo, revela<strong>do</strong>ra, por sua vez, <strong>de</strong> importantes falhas ao nível das relações precoces.Parece-<strong>no</strong>s, igualmente, pertinente indicar que o nível <strong>de</strong> inibição encontra<strong>do</strong> nestascrianças (consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> como mo<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>, contu<strong>do</strong> possivelmente por alguma influência <strong>do</strong>smecanismos <strong>de</strong>fensivos empregues, já que genuinamente <strong>no</strong>s sugeriu que po<strong>de</strong>ria apresentarvalores mais significativos) parece encontrar-se positivamente relaciona<strong>do</strong> com uma expressivatendência à externalização, concomitante com alterações <strong>do</strong> comportamento, com ou semagressivida<strong>de</strong>, o que correspon<strong>de</strong> efectivamente à apresentação semiológica <strong>do</strong>s participantes.Escala <strong>de</strong> percepção da criança sobre o estilo educativo <strong>do</strong>s pais – EMBU-CA maioria das crianças não reportou qualquer tipo <strong>de</strong> diferenciação na percepção <strong>do</strong> estiloeducativo parental entre os progenitores (excepto Tomás), facto que po<strong>de</strong>rá <strong>de</strong>ver-se à suadificulda<strong>de</strong> em conseguir distinguir as práticas educativas utilizadas por cada um <strong>do</strong>s pais, mastambém à tendência para a <strong>de</strong>sejabilida<strong>de</strong> e a revelar resulta<strong>do</strong>s social e moralmente a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s(não se comprometen<strong>do</strong> <strong>de</strong>fensivamente com os itens constituintes da prova). No entanto,aten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> aos resulta<strong>do</strong>s apresenta<strong>do</strong>s, verifica-se que a dimensão <strong>de</strong> Suporte Emocional (<strong>no</strong> casoda mãe =3,07 e <strong>no</strong> caso <strong>do</strong> pai =2,21) é a mais assinalada pelos participantes, seguida dadimensão <strong>de</strong> Tentativa <strong>de</strong> Controlo (mãe =2,40 e pai =1,66) e por último <strong>do</strong> factor Rejeição(=2,04 relativamente à mãe e =1,25 em relação ao pai). Ainda assim, parece-<strong>no</strong>s pertinenteassinalar que se verifica uma diferença entre a percepção das estratégias educativas maternas epaternas, extensiva à representação <strong>de</strong> todas as dimensões, já que <strong>no</strong> caso da mãe verificamosuma maior veemência e expressivida<strong>de</strong> na representação e na avaliação <strong>de</strong> itens, ten<strong>do</strong> estarecebi<strong>do</strong> valores mais eleva<strong>do</strong>s em todas as dimensões, porventura revela<strong>do</strong>ra da intensida<strong>de</strong> darelação estabelecida entre mãe e filho, contrariamente à relação com o pai, a qual parece serpercebida pela criança como me<strong>no</strong>s investida e me<strong>no</strong>s próxima.PaisEntrevistaEm todas as entrevistas realizadas verifica-se uma total ausência <strong>de</strong> representaçãofantasmática relacionada com a emergência <strong>do</strong> bebé evoca<strong>do</strong> na mesma, uma indiferença afectivaque <strong>no</strong>s surpreen<strong>de</strong> e perplexifica, um <strong>de</strong>sconhecimento na ressonância íntima que ocupava o<strong>lugar</strong> <strong>de</strong> um bebé que precisava <strong>de</strong> ser <strong>de</strong>seja<strong>do</strong>, queri<strong>do</strong> e <strong>de</strong> ganhar um <strong>lugar</strong>, um espaço <strong>de</strong>elaboração e <strong>de</strong> afecto; afinal parece ter si<strong>do</strong> este, em to<strong>do</strong>s os casos, o primeiro vazio41

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