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Na Terra do Nunca, no lugar de ninguém: dinâmica familiar ...

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6.“Uma gruta. Era uma vez uma gruta muito, muito escura, ninguém conseguia entrar lá <strong>de</strong>ntro, sócom uma lanterna. Se alguém entrasse lá <strong>de</strong>ntro nunca mais saía <strong>de</strong> lá. Há lá ursos, ursos muitoassusta<strong>do</strong>res, terríveis e perigosos.”Procedimentos fundamentais: RE3 – insistência <strong>no</strong> enquadramento, nas <strong>de</strong>limitações e <strong>no</strong>s suportes; RE4 – insistência nas qualida<strong>de</strong>s sensoriais <strong>do</strong> material; RA1 – expressão verbalizada <strong>de</strong> afectos.Análise da narrativa:<strong>Na</strong> presente narrativa, a situação relacional edipiana latente ao cartão não é <strong>de</strong> to<strong>do</strong>percebida. Efectivamente, a triangulação não é evocada, pre<strong>do</strong>minan<strong>do</strong> a <strong>de</strong>limitação <strong>do</strong>s espaçosinter<strong>no</strong>s e exter<strong>no</strong>s (Boekholt, 2000), <strong>no</strong> caso investida negativamente. Verifica-se <strong>no</strong>vamente aausência da triangulação edipiana, colocan<strong>do</strong> a narrativa num nível pré-genital. Neste senti<strong>do</strong>, anarrativa é elaborada com uma tonalida<strong>de</strong> fantasmática muito intensa, revela<strong>do</strong>ra <strong>de</strong> umaconsi<strong>de</strong>rável angústia interna, <strong>de</strong>signadamente associada a uma representação <strong>de</strong> formacontinente-conteú<strong>do</strong>com características <strong>de</strong> me<strong>do</strong>, perigo, ameaça e <strong>de</strong>sprotecção, a qual pareceremeter para o continente mater<strong>no</strong>. Torna-se evi<strong>de</strong>nte a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> apoio, <strong>de</strong> suporte e <strong>de</strong>uma relação contentora e securizante que permita apaziguar a angústia <strong>de</strong> <strong>de</strong>samparo, solidão eaban<strong>do</strong><strong>no</strong>.7.“Um tigre na selva. Era uma vez um tigre muito perigoso. Ninguém o conseguia caçar. Mas haviauma poção que se metia <strong>no</strong> tigre e ele enfraquecia e o caçavam e <strong>de</strong>pois metiam-<strong>no</strong> numa jaula. E<strong>de</strong>pois aí ele é morto e nunca mais volta a viver na selva… Só.”Procedimentos fundamentais: IF6 – insistência nas representações <strong>de</strong> acção; OC8 – escotoma; EI2 – a<strong>no</strong>nimato, banalização, razões <strong>do</strong>s conflitos não esclarecidas; OC5 – isolamento <strong>de</strong> personagens.202

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