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Na Terra do Nunca, no lugar de ninguém: dinâmica familiar ...

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essas instâncias, bem como sobre o mo<strong>do</strong> como esta percebe as relações da sua constelação<strong>familiar</strong> (Corman, 2003).Family Relations Test (F.R.T.-revised)O Family Relations Test foi elabora<strong>do</strong> por Eva Bene e James Anthony em 1957, ten<strong>do</strong>si<strong>do</strong> revista pelos mesmos autores, em 1978, sen<strong>do</strong> esta a versão utilizada na presenteinvestigação: Family Relations Test (F.R.T. - revised) (Bene & Anthony, 1985). Esta provapermite ace<strong>de</strong>r e caracterizar as relações <strong>familiar</strong>es, tal como percebidas pela criança, através <strong>de</strong>várias dimensões: 1) caracterizar o envolvimento/investimento afectivo total da criança emrelação a família <strong>no</strong> global, e em relação a cada elemento em particular, incluin<strong>do</strong> em relação a siprópria; 2) verificar a qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> afecto atribuí<strong>do</strong> às diversas relações <strong>familiar</strong>es e a si própria;3) a direcção <strong>do</strong>s afectos (afectos que são emiti<strong>do</strong>s pela criança e afectos que a criança sente quesão investi<strong>do</strong>s em si, e portanto recebi<strong>do</strong>s pela criança) em relação a cada pessoa da família; 4) a<strong>de</strong>pendência (sobreprotecção materna, e indulgência materna e paterna); 5) o grau <strong>de</strong><strong>de</strong>sinibição/inibição da afectivida<strong>de</strong>; 6) alguns mecanismos <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa que a criança utiliza paragerir o conteú<strong>do</strong> afectivo <strong>do</strong>s itens.Esta prova permite, através <strong>de</strong> um contexto não intrusivo e lúdico, aplicar-se como umatécnica projectiva objectiva, <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> simplicida<strong>de</strong>, na qual são obti<strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s quantitativos,sen<strong>do</strong> o sistema <strong>de</strong> cotação das respostas bastante acessível (Bene & Anthony, 1985). É muitoutilizada em contextos clínicos, e infelizmente, me<strong>no</strong>s na investigação apesar da sua riquezacompreensiva, e vantagens significativas na obtenção <strong>de</strong> material clínico relevante, nãointrusivida<strong>de</strong>, rapi<strong>de</strong>z <strong>de</strong> aplicação (aproximadamente 25 minutos), e objectivida<strong>de</strong> (superan<strong>do</strong>algumas criticas realizadas à maioria das técnicas projectivas) (Bene & Anthony, 1985). O material<strong>do</strong> teste é constituí<strong>do</strong> por 21 figuras humanas, cada uma anexada a uma pequena caixa. Destasfiguras, 20 representam <strong>de</strong> forma ambígua pessoas <strong>de</strong> ambos os sexos e <strong>de</strong> todas as ida<strong>de</strong>s,tamanhos e aparências <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a que possam correspon<strong>de</strong>r aos hipotéticos elementos da famíliada criança a ser avaliada (incluin<strong>do</strong> a própria): 4 homens, 4 mulheres, 5 rapazes, 5 raparigas e 2bebés. A criança terá <strong>de</strong> escolher <strong>de</strong>stas figuras as que representam a sua família (o que permiteaveriguar da discrepância entre a família representada e a família real). Para cada figura há umapequena caixa, on<strong>de</strong> vão ser <strong>de</strong>ixadas as mensagens, as quais contêm uma frase que correspon<strong>de</strong>a um <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> afecto: positivo mo<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>, positivo forte, negativo mo<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> ou negativoforte, e <strong>de</strong>pendência. Por fim, a última figura correspon<strong>de</strong> ao Sr. Ninguém, que tem a função <strong>de</strong>ser o contentor das mensagens que a criança sente que não dizem respeito a nenhum <strong>do</strong>selementos da sua família ou a si (Bene & Anthony, 1985).18

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