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Na Terra do Nunca, no lugar de ninguém: dinâmica familiar ...

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EI2 – a<strong>no</strong>nimato, razões <strong>do</strong>s conflitos não esclarecidas, banalização.Análise da narrativa:A narrativa <strong>no</strong> presente cartão parece afastar-se significativamente <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong> latente, oqual <strong>de</strong>verá evocar representações relacionadas com a relação <strong>de</strong> filiação e a percepção dasrelações na constelação <strong>familiar</strong>. De facto, o par adulto-criança presente <strong>no</strong> primeiro pla<strong>no</strong>,encarregue <strong>de</strong> veicular representações superegóicas face aos interditos e à transgressão, éig<strong>no</strong>ra<strong>do</strong>, revelan<strong>do</strong> não só alguma inquietação relacionada com esta temática como com relação<strong>de</strong> proximida<strong>de</strong> mãe-filho. Por outro la<strong>do</strong>, as diferenças geracionais e sexuais <strong>do</strong>s personagenssão, igualmente, evitadas, não parecen<strong>do</strong> por isso, e à semelhança <strong>de</strong> outros cartões,suficientemente integradas na <strong>no</strong>ção <strong>de</strong> constelação <strong>familiar</strong>.9.“Era bom dia. O coelho ‘tava a cama. Abriram a porta. O lobo comião! Ele chegou ao quarto e ocoelho ‘tava a <strong>do</strong>rmir, e ele agarrou a cabeça <strong>de</strong>le e comeu-o. E fim.”Procedimentos fundamentais:IF8 – expressões cruas relativas a uma temática agressiva;IF1 – introdução <strong>de</strong> personagens que não figuram na imagem.Análise da narrativa:A problemática relativa à solidão e ao aban<strong>do</strong><strong>no</strong>, latente ao presente cartão, parecesuscitar a emergência <strong>de</strong> intensas angústias primitivas <strong>de</strong> <strong>de</strong>struição e morte, perante aincapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Tomás <strong>de</strong> estar só e <strong>de</strong> gerir a solidão. Uma vez mais torna-se evi<strong>de</strong>nte a totalcondição <strong>de</strong> vulnerabilida<strong>de</strong> da figura representativa da criança, a sua e<strong>no</strong>rme <strong>de</strong>sprotecção faceàs ameaças <strong>de</strong> uma potencial personagem que não figura <strong>no</strong> cartão e que representa uma ameaça.Não são evi<strong>de</strong>ncia<strong>do</strong>s quaisquer recursos <strong>de</strong>fensivos para conter a angústia <strong>de</strong> <strong>de</strong>samparo, nemsão evoca<strong>do</strong>s imagos parentais protectores, fican<strong>do</strong> a criança à mercê <strong>do</strong>s perigos. De referir,igualmente que Tomás não aborda a problemática latente <strong>do</strong> cartão, não evi<strong>de</strong>ncian<strong>do</strong> quer apresença <strong>do</strong> afecto <strong>de</strong>pressivo, quer a elaboração da posição correspon<strong>de</strong>nte. A narrativaevi<strong>de</strong>ncia não só a precarieda<strong>de</strong> <strong>do</strong> meio e <strong>do</strong> suporte enquanto <strong>de</strong>slocamento da vivência <strong>de</strong>sofrimento e <strong>de</strong>sprotecção, nunca evita<strong>do</strong>s pelas figuras parentais, mas também uma temática aonível da voracida<strong>de</strong> oral na linha <strong>de</strong>strutiva.245

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