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Na Terra do Nunca, no lugar de ninguém: dinâmica familiar ...

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Entrevista com os paisΨ: “Olá boa tar<strong>de</strong>. Eu queria começar por perguntar-vos alguns da<strong>do</strong>s relativos à primeirainfância <strong>do</strong> Afonso, <strong>no</strong>meadamente se ele é filho único ou se existem mais irmãos?”Mãe: “Não, o Afonso tem mais a L, a R e a S que é a<strong>do</strong>ptiva que é uma sobrinha que a gente foibuscar ao colégio.”Ψ: “Mas que vive convosco?”Mãe: “Sim, vive com a gente já há um a<strong>no</strong> e <strong>do</strong>is meses.”Ψ: “E qual a ida<strong>de</strong> das irmãs? Portanto o Afonso veio em que or<strong>de</strong>m?”Mãe: “O Afonso é o segun<strong>do</strong>; é a L com 11, o Afonso com 9 e a R com 4. E a S tem 15.”Ψ: “E relativamente ao vosso projecto <strong>de</strong> família, tinham planea<strong>do</strong> ter filhos?”Mãe: “A <strong>do</strong> Afonso não foi…”Pai: “Nem a da R…”Mãe: “Nem a da R, a única que foi, foi a L. Foi a primeira que a gente até já ia começar a fazerum tratamento para começar a ter filhos, que eu não conseguia engravidar.”Ψ: “Portanto já tinham planea<strong>do</strong> ter filhos…”Mãe: “Sim, mas não conseguíamos, não conseguíamos, até tínhamos i<strong>do</strong> a uma consulta e íamoscomeçar, eu ia começar a fazer uns tratamentos quan<strong>do</strong> <strong>de</strong>u-me uma <strong>do</strong>r <strong>de</strong> barriga e<strong>no</strong>rme epronto…porque eu tive hepatite aos 11 a<strong>no</strong>s e, ai a papeira aos 11 a<strong>no</strong>s, e ela recolheu-me aosovários e os médicos disseram que eu não podia mais ter filhos, então mas olhe... Do Afonso eutinha a menstruação e a gente <strong>de</strong>scobriu que eu ‘tava grávida aos quatro meses, aos quatro mesese quan<strong>do</strong> ele disse, disse que era um mioma que eu tinha numa eco que fizeram nunca disseramque eu tinha, que era um bebé.”Ψ: “Portanto, souberam que estava grávida aos quatro meses <strong>de</strong> gestação…”Mãe: “Aos quatro meses, aos quatro, aqui <strong>no</strong> Garcia <strong>de</strong> Orta. Deu-me uma <strong>do</strong>r <strong>de</strong> barriga, quedá-me sempre <strong>do</strong>res <strong>de</strong> barriga quan<strong>do</strong> estou grávida.”Pai: “Desta vez <strong>de</strong>u mesmo que fazer, ela teve ‘pa morrer…”Mãe: “Da R tive…”Pai: “Foi muito complica<strong>do</strong>.”Mãe: “Do Afonso também tive uma gravi<strong>de</strong>z <strong>de</strong> alto risco porque o Afonso não sei o que é quelhe <strong>de</strong>u aos quatro meses e meio <strong>de</strong>u a volta. Ele ameaçou aos 5 meses, ameaçou aos 6, aos 7meses já tive que levar a injecção para não ter ele – já ‘tava com <strong>do</strong>is <strong>de</strong><strong>do</strong>s <strong>de</strong> dilatação – foi <strong>no</strong>fim <strong>de</strong> a<strong>no</strong>, <strong>no</strong> dia 31, fim <strong>de</strong> a<strong>no</strong>.”153

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