13.07.2015 Views

Na Terra do Nunca, no lugar de ninguém: dinâmica familiar ...

Na Terra do Nunca, no lugar de ninguém: dinâmica familiar ...

Na Terra do Nunca, no lugar de ninguém: dinâmica familiar ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Mãe: “O encontro foi lá, com elas.”Pai: “Fomos fazer uma visita ao Fórum com ele. Depois, ele gostou, consi<strong>de</strong>rou-<strong>no</strong>s logo ospais, começou a logo chamar e tu<strong>do</strong>…”Mãe: “Foi logo <strong>no</strong> primeiro dia. Pai. Ele até disse quan<strong>do</strong> chegou à Instituição, «Quan<strong>do</strong> é quevêm os meus pais <strong>no</strong>vos?». Este viu logo quem era, porque viu-o a espreitar mais a Dr.ª. Eu não,pensei que fosse uma das crianças que ‘tava a comer na mesa. E ele já ‘tava <strong>de</strong>spachadinho etu<strong>do</strong>. Parece que o ‘tou a ver, sempre ‘teve aquele jeitinho, <strong>de</strong>ita<strong>do</strong> <strong>no</strong> sofá e a gente foi logo láter.”Pai: “Ele veio para nós <strong>no</strong> dia 25 <strong>de</strong> Abril e <strong>de</strong>pois fui lá levá-lo à <strong>no</strong>ite. E <strong>no</strong> dia 27 <strong>de</strong> Abrilrecebo um telefonema. No dia 27 <strong>de</strong> Abril passou o dia con<strong>no</strong>sco.”Ψ: “De qualquer das formas o importante é como se sentiram nessa altura…”Mãe: “Ah, foi uma alegria. Ele é um meni<strong>no</strong> muito bonito…”Pai: “Foi logo um encanto à primeira vista.”Ψ: “Tinham i<strong>de</strong>aliza<strong>do</strong> algum tipo <strong>de</strong> criança?”Mãe: “Não, não, por causa disso é que muitos pais estão tanto tempo à espera.”Ψ: “Quan<strong>do</strong> <strong>de</strong>cidiram a<strong>do</strong>ptar o que é que tinham em mente?”Mãe: “Eu pedi um meni<strong>no</strong> ou uma menina, o que viesse, mas que viesse com saú<strong>de</strong>, pronto,podia ser russa, inglesa, portuguesa, o que fosse.”Ψ: “E na sua imaginação, o que é que lá estava?”Mãe: (sorri) “<strong>Na</strong> minha imaginação, sem ver a fotografia nem nada, só <strong>de</strong> ler o processo, pensei:«Este meni<strong>no</strong> já passou tanto, não merece ter uns pais? Oh pá, vai ser o que Deus quiser.». Eestávamos os <strong>do</strong>is um com o outro, sempre fomos felizes. Fomos buscar o João para completar afelicida<strong>de</strong>. O João veio para mim, começou a comer <strong>de</strong>baixo da cama, fugia para <strong>de</strong>baixo dacama.”Ψ: “E como é que estava o João em termos <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, da locomoção, da fala?”Mãe: “Sim, sim, <strong>no</strong>rmal. Era só a maneira <strong>de</strong> ser <strong>de</strong>le…”Pai: “O comportamento…”Mãe: “Sim, o comportamento.”Pai: “O comportamento <strong>de</strong>le não é, não é…100%...”Mãe: “Mas digo-lhe uma coisa, seis a<strong>no</strong>s que o João ‘tá comigo, o João ao fim <strong>de</strong> uma semana sefosse preciso já não ‘tava com outro casal.”Ψ: “Acha que ele se apegou logo muito a vocês, é isso?”Mãe: “Ele apegou-se muito a nós, mas nem é por isso. Eu conheço uma senhora que a<strong>do</strong>ptouuns irmãos, e eles <strong>no</strong> inicio ‘tavam assim, muito agita<strong>do</strong>s e isso. Ao fim <strong>de</strong> uma semana não ficoumais com eles…”Pai: “Não suportaram, não é?”215

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!