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Comunicação, políticas públicas e discursos em conflito

A coletânea Comunicação, Políticas Públicas e Discursos em Conflito apresenta um total de 14 capítulos (543 páginas), além do prefácio, em que são articuladas análises empíricas e perspectivas teóricas que aproximam o campo da comunicação e as políticas públicas brasileiras em diferentes áreas. A obra é resultado da produção do Grupo de Pesquisa Comunicação Pública e Comunicação Política (Compol), sediado na ECAUSP e registrado no CNPq, com foco nas investigações sobre o papel da comunicação para o reconhecimento das demandas sociais e a qualificação do debate público político. A obra abrange pesquisadores integrantes do Compol, além de autores convidados para abordar desafios do país nas áreas de saúde, educação, segurança pública, migração, ciência, transporte, moradia, inclusão de deficientes e políticas de gênero. A coletânea pretende oferecer propostas metodológicas e teóricas diversas para o enriquecimento das políticas públicas em discussão no Brasil.

A coletânea Comunicação, Políticas Públicas e Discursos em Conflito apresenta um total de 14 capítulos (543 páginas), além do prefácio, em que são articuladas análises empíricas e perspectivas teóricas que aproximam o campo da comunicação e as políticas públicas brasileiras em diferentes áreas. A obra é resultado da produção do Grupo de Pesquisa Comunicação Pública e Comunicação Política (Compol), sediado na ECAUSP e registrado no CNPq, com foco nas investigações sobre o papel da comunicação para o reconhecimento das demandas sociais e a qualificação do debate público político. A obra abrange pesquisadores integrantes do Compol, além de autores convidados para abordar desafios do país nas áreas de saúde, educação, segurança pública, migração, ciência, transporte, moradia, inclusão de deficientes e políticas de gênero. A coletânea pretende oferecer propostas metodológicas e teóricas diversas para o enriquecimento das políticas públicas em discussão no Brasil.

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Se o Guia é um instrumento de política pública, como afirmado

pelos gestores dos dois ministérios e demais entrevistados,

ele não foi “resultante de uma complexa interação entre Estado

e sociedade” (GIOVANNI; NOGUEIRA, 2015, p. 19). Pois se é “nessa

interação que se definem as situações sociais consideradas problemáticas,

bem como as formas, os conteúdos, os meios, os sentidos

e as modalidades de intervenção”, deduzimos que faltou

“ouvir e dialogar” com técnicos de saúde e usuários dos serviços

públicos de saúde, entre eles as UBSs, antes mesmo da elaboração

do conteúdo do Guia.

A comunicação pública, tão importante nas organizações,

estaria bem elaborada no Guia caso não se destinasse à maioria

do público das Unidades Básicas de Saúde. Anuo com Matos e

Gil (2012, p. 161) ao afirmarem “que é possível a construção de

vínculos entre os projetos de redução de desigualdade (...) e (...)

como a prática da cidadania, como forma de buscar a paridade

de todos os interessados. O processo deve ser educacional,

cultural, econômico e contínuo”. Inferimos que as prescrições

apresentadas no Guia não são compatíveis para muitas cidadãs e

cidadãos do Brasil.

Escudero (2015, p. 119) percebe a importância da comunicação

pública quando afirma “ser condição fundamental para a

consolidação da comunicação como um direito que ela faça parte

do rol das políticas públicas já existentes no País: saúde, educação,

assistência social, moradia e segurança, de modo a garantir

ao cidadão o direito de participação na esfera pública deliberativa

com autonomia.”

Revendo as hipóteses da pesquisa, os dados indicam que

as pessoas não ganham autonomia com as prescrições do Guia.

112 COMUNICAÇÃO, POLÍTICAS PÚBLICAS E DISCURSOS EM CONFLITO

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