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Comunicação, políticas públicas e discursos em conflito

A coletânea Comunicação, Políticas Públicas e Discursos em Conflito apresenta um total de 14 capítulos (543 páginas), além do prefácio, em que são articuladas análises empíricas e perspectivas teóricas que aproximam o campo da comunicação e as políticas públicas brasileiras em diferentes áreas. A obra é resultado da produção do Grupo de Pesquisa Comunicação Pública e Comunicação Política (Compol), sediado na ECAUSP e registrado no CNPq, com foco nas investigações sobre o papel da comunicação para o reconhecimento das demandas sociais e a qualificação do debate público político. A obra abrange pesquisadores integrantes do Compol, além de autores convidados para abordar desafios do país nas áreas de saúde, educação, segurança pública, migração, ciência, transporte, moradia, inclusão de deficientes e políticas de gênero. A coletânea pretende oferecer propostas metodológicas e teóricas diversas para o enriquecimento das políticas públicas em discussão no Brasil.

A coletânea Comunicação, Políticas Públicas e Discursos em Conflito apresenta um total de 14 capítulos (543 páginas), além do prefácio, em que são articuladas análises empíricas e perspectivas teóricas que aproximam o campo da comunicação e as políticas públicas brasileiras em diferentes áreas. A obra é resultado da produção do Grupo de Pesquisa Comunicação Pública e Comunicação Política (Compol), sediado na ECAUSP e registrado no CNPq, com foco nas investigações sobre o papel da comunicação para o reconhecimento das demandas sociais e a qualificação do debate público político. A obra abrange pesquisadores integrantes do Compol, além de autores convidados para abordar desafios do país nas áreas de saúde, educação, segurança pública, migração, ciência, transporte, moradia, inclusão de deficientes e políticas de gênero. A coletânea pretende oferecer propostas metodológicas e teóricas diversas para o enriquecimento das políticas públicas em discussão no Brasil.

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COMUNICAÇÃO PÚBLICA E SEGURANÇA

no proibido pode ser algo que o MC faz para “correr junto” com

o crime sem ser propriamente “do crime”, mas pode também

indicar que ele exerce a voz do crime através do proibido e com

isso faz valer o proceder – o que em certos aspectos inclui exaltar

ou fazer apologia do crime.

A prática de representar o crime no funk proibido abrange

processos tanto disposicionais como identitários. Ocorre sob a influência

das regras que regem o mundo do crime e que se estabelecem

por meio do jogo de linguagem no plano intersubjetivo

até se estenderem como prática coletiva. O ato de representar

configura uma confirmação do compromisso com o crime, o que

pode ocorrer de maneira mais indireta (ao demonstrar-lhe consideração)

ou direta (quando se convive com seus efeitos). Essa

ratificação da disposição para representar acaba tendo que ser

reforçada como uma estratégia de sobrevivência, que se atualiza

e se renova. Por isso, a disposição para representar o crime por

meio do funk proibido opera como uma presentificação no plano

social. E como tal, ela implica que seus atores expressem, por

meio desse gênero e de sua exposição no plano social, seu estado

de subjetivação no mundo do crime. Nesse estado complexo, em

que se tende a compreender que impera apenas uma condição

de “sujeição” ao crime organizado, é possível encontrar também

uma potência de transformação. Ela se deixa notar no processo

de constituição de um sujeito político que enuncia – ainda que o

faça a partir do mundo do crime.

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