26.01.2023 Views

Comunicação, políticas públicas e discursos em conflito

A coletânea Comunicação, Políticas Públicas e Discursos em Conflito apresenta um total de 14 capítulos (543 páginas), além do prefácio, em que são articuladas análises empíricas e perspectivas teóricas que aproximam o campo da comunicação e as políticas públicas brasileiras em diferentes áreas. A obra é resultado da produção do Grupo de Pesquisa Comunicação Pública e Comunicação Política (Compol), sediado na ECAUSP e registrado no CNPq, com foco nas investigações sobre o papel da comunicação para o reconhecimento das demandas sociais e a qualificação do debate público político. A obra abrange pesquisadores integrantes do Compol, além de autores convidados para abordar desafios do país nas áreas de saúde, educação, segurança pública, migração, ciência, transporte, moradia, inclusão de deficientes e políticas de gênero. A coletânea pretende oferecer propostas metodológicas e teóricas diversas para o enriquecimento das políticas públicas em discussão no Brasil.

A coletânea Comunicação, Políticas Públicas e Discursos em Conflito apresenta um total de 14 capítulos (543 páginas), além do prefácio, em que são articuladas análises empíricas e perspectivas teóricas que aproximam o campo da comunicação e as políticas públicas brasileiras em diferentes áreas. A obra é resultado da produção do Grupo de Pesquisa Comunicação Pública e Comunicação Política (Compol), sediado na ECAUSP e registrado no CNPq, com foco nas investigações sobre o papel da comunicação para o reconhecimento das demandas sociais e a qualificação do debate público político. A obra abrange pesquisadores integrantes do Compol, além de autores convidados para abordar desafios do país nas áreas de saúde, educação, segurança pública, migração, ciência, transporte, moradia, inclusão de deficientes e políticas de gênero. A coletânea pretende oferecer propostas metodológicas e teóricas diversas para o enriquecimento das políticas públicas em discussão no Brasil.

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O espaço de relações de poder que constituem as novas

mídias inclui, para além da disputa por quais conteúdos podem

ser compartilhados, uma (re)produção constante de quem pode

ser ou não reconhecido como humano. As páginas analisadas

por Macedo (2015b) eram muito carregadas com discursos desumanizadores

de pessoas vinculadas ao estereótipo do “inimigo”,

contra quem o uso da violência e o extermínio são comemorados.

As páginas policiais ganharam mais força ao longo do

tempo, já que páginas ligadas ao “crime” passaram a ser alvo

de investigação seja da Polícia Civil, seja do serviço reservado da

Polícia Militar. Essa interferência do mundo off-line, que só ocorreu

para um lado, levou à diminuição da interação dos usuários

nessas páginas. De outro lado, as polícias incorporaram nas suas

práticas a investigação do conteúdo on-line publicado nas redes

e a solicitação de quebra de sigilo de mensagens privadas trocadas

nos aplicativos, de modo que os elementos compartilhados

ou mostrados nas redes sociais vão se constituindo em “provas”

do real. Desta maneira, a disputa discursiva na plataforma virtual

é constantemente afetada pelo mundo fora das redes.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A análise sobre comunicação, mídias e violência proposta

neste artigo localiza-se no âmbito de uma leitura sobre o paradoxo

da democracia no Brasil, que mesmo em seus momentos

mais potentes, não priorizou a consolidação dos direitos civis,

embora tenha avançado em direitos políticos e sociais (não sem

o risco de retrocessos).

354 COMUNICAÇÃO, POLÍTICAS PÚBLICAS E DISCURSOS EM CONFLITO

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