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Comunicação, políticas públicas e discursos em conflito

A coletânea Comunicação, Políticas Públicas e Discursos em Conflito apresenta um total de 14 capítulos (543 páginas), além do prefácio, em que são articuladas análises empíricas e perspectivas teóricas que aproximam o campo da comunicação e as políticas públicas brasileiras em diferentes áreas. A obra é resultado da produção do Grupo de Pesquisa Comunicação Pública e Comunicação Política (Compol), sediado na ECAUSP e registrado no CNPq, com foco nas investigações sobre o papel da comunicação para o reconhecimento das demandas sociais e a qualificação do debate público político. A obra abrange pesquisadores integrantes do Compol, além de autores convidados para abordar desafios do país nas áreas de saúde, educação, segurança pública, migração, ciência, transporte, moradia, inclusão de deficientes e políticas de gênero. A coletânea pretende oferecer propostas metodológicas e teóricas diversas para o enriquecimento das políticas públicas em discussão no Brasil.

A coletânea Comunicação, Políticas Públicas e Discursos em Conflito apresenta um total de 14 capítulos (543 páginas), além do prefácio, em que são articuladas análises empíricas e perspectivas teóricas que aproximam o campo da comunicação e as políticas públicas brasileiras em diferentes áreas. A obra é resultado da produção do Grupo de Pesquisa Comunicação Pública e Comunicação Política (Compol), sediado na ECAUSP e registrado no CNPq, com foco nas investigações sobre o papel da comunicação para o reconhecimento das demandas sociais e a qualificação do debate público político. A obra abrange pesquisadores integrantes do Compol, além de autores convidados para abordar desafios do país nas áreas de saúde, educação, segurança pública, migração, ciência, transporte, moradia, inclusão de deficientes e políticas de gênero. A coletânea pretende oferecer propostas metodológicas e teóricas diversas para o enriquecimento das políticas públicas em discussão no Brasil.

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COMUNICAÇÃO PÚBLICA E INCLUSÃO

por objetivo aproximar o Império brasileiro das nações ditas civilizadas

da Europa − uma sociedade escravagista e segregadora,

cujos senhores negociavam gente como se fossem animais, que

acalmava sua consciência sustentando uma escola para atender

alguns poucos deficientes com educação de nível europeu.

A partir do Brasil República, a ação do Estado em relação

às pessoas com deficiência pouco se alterou. Mesmo com o surgimento

de instituições congêneres em outras regiões do Brasil,

era muito pequena a quantidade de pessoas atendidas em

relação à demanda nacional, além de contemplarem apenas a

cegueira e a surdez.

No contexto histórico de industrialização e urbanização

brasileiras, iniciado na década de 1920 e aprofundado nas décadas

de 1940 e 1950, surgiram, por iniciativa da sociedade civil,

novas organizações voltadas para as pessoas com deficiência,

que passaram a atuar também na área da saúde, além da educação,

e a atender outros tipos de deficiência.

Em meados da década de 1950, por exemplo, chegam ao

País modelos de reabilitação do pós-guerra, cuja finalidade era

proporcionar ao soldado lesado o retorno à vida em sociedade.

Embora no Brasil a principal causa da deficiência física não fosse

a guerra, os novos métodos foram incorporados nos centros brasileiros

de reabilitação criados na época para atender as pessoas

acometidas pelo grande surto de poliomielite.

Com a consolidação da urbanização e da industrialização

da sociedade (anos 60 a 80) e o êxito das campanhas nacionais

de vacinação, foi registrada a diminuição nos casos de sequelas

por poliomielite, ao mesmo tempo em que aumentaram os casos

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