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Comunicação, políticas públicas e discursos em conflito

A coletânea Comunicação, Políticas Públicas e Discursos em Conflito apresenta um total de 14 capítulos (543 páginas), além do prefácio, em que são articuladas análises empíricas e perspectivas teóricas que aproximam o campo da comunicação e as políticas públicas brasileiras em diferentes áreas. A obra é resultado da produção do Grupo de Pesquisa Comunicação Pública e Comunicação Política (Compol), sediado na ECAUSP e registrado no CNPq, com foco nas investigações sobre o papel da comunicação para o reconhecimento das demandas sociais e a qualificação do debate público político. A obra abrange pesquisadores integrantes do Compol, além de autores convidados para abordar desafios do país nas áreas de saúde, educação, segurança pública, migração, ciência, transporte, moradia, inclusão de deficientes e políticas de gênero. A coletânea pretende oferecer propostas metodológicas e teóricas diversas para o enriquecimento das políticas públicas em discussão no Brasil.

A coletânea Comunicação, Políticas Públicas e Discursos em Conflito apresenta um total de 14 capítulos (543 páginas), além do prefácio, em que são articuladas análises empíricas e perspectivas teóricas que aproximam o campo da comunicação e as políticas públicas brasileiras em diferentes áreas. A obra é resultado da produção do Grupo de Pesquisa Comunicação Pública e Comunicação Política (Compol), sediado na ECAUSP e registrado no CNPq, com foco nas investigações sobre o papel da comunicação para o reconhecimento das demandas sociais e a qualificação do debate público político. A obra abrange pesquisadores integrantes do Compol, além de autores convidados para abordar desafios do país nas áreas de saúde, educação, segurança pública, migração, ciência, transporte, moradia, inclusão de deficientes e políticas de gênero. A coletânea pretende oferecer propostas metodológicas e teóricas diversas para o enriquecimento das políticas públicas em discussão no Brasil.

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Estudar o processo de comunicação implica prestar atenção

à “singularidade dos arranjos e das estratégias que os elaboram”

(Braga, 2019, p. 90). Braga especifica que identificar as regras é

relevante porque o arranjo se organiza em torno delas, mas não

porque sejam o fundamento social. Por outro lado, compreender

as estratégias específicas é o que permite conferir sentido às regras.

Sem as estratégias, as regras são vazias. Portanto, há uma

procura por uma análise situada da prática comunicacional em

torno daquilo que a caracteriza como tal: o ajuste aproximativo

entre diferenças para viabilizar uma interação articulada.

Do ponto de vista epistemológico, Braga sintetiza: “Se os

arranjos, as lógicas do jogo (com seus objetivos, suas regras de

funcionamento e suas táticas de ajuste) são a dinâmica central

do dispositivo (...), então devemos perceber a centralidade da comunicação

em todo e qualquer processo social.” (BRAGA, 2019,

p. 90). E conclui: “Arranjos disposicionais são, em si mesmos,

exercícios práticos da potencialidade comunicacional do ser humano”.

(BRAGA, 2019, p. 90).

Para este estudo, especificamente, o funk proibido foi tratado

como dispositivo / arranjo interacional para a comunicação

do mundo do crime. A partir dessa forma de tratar o objeto de

estudo, o processo comunicacional está no centro dos questionamentos.

Buscamos identificar as estratégias e táticas utilizadas

pelo funk no contexto social em que convivem a criminalização

dessa cultura periférica, o cansaço generalizado da sociedade

diante da violência e as políticas públicas de segurança baseadas

no encarceramento.

380 COMUNICAÇÃO, POLÍTICAS PÚBLICAS E DISCURSOS EM CONFLITO

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