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Comunicação, políticas públicas e discursos em conflito

A coletânea Comunicação, Políticas Públicas e Discursos em Conflito apresenta um total de 14 capítulos (543 páginas), além do prefácio, em que são articuladas análises empíricas e perspectivas teóricas que aproximam o campo da comunicação e as políticas públicas brasileiras em diferentes áreas. A obra é resultado da produção do Grupo de Pesquisa Comunicação Pública e Comunicação Política (Compol), sediado na ECAUSP e registrado no CNPq, com foco nas investigações sobre o papel da comunicação para o reconhecimento das demandas sociais e a qualificação do debate público político. A obra abrange pesquisadores integrantes do Compol, além de autores convidados para abordar desafios do país nas áreas de saúde, educação, segurança pública, migração, ciência, transporte, moradia, inclusão de deficientes e políticas de gênero. A coletânea pretende oferecer propostas metodológicas e teóricas diversas para o enriquecimento das políticas públicas em discussão no Brasil.

A coletânea Comunicação, Políticas Públicas e Discursos em Conflito apresenta um total de 14 capítulos (543 páginas), além do prefácio, em que são articuladas análises empíricas e perspectivas teóricas que aproximam o campo da comunicação e as políticas públicas brasileiras em diferentes áreas. A obra é resultado da produção do Grupo de Pesquisa Comunicação Pública e Comunicação Política (Compol), sediado na ECAUSP e registrado no CNPq, com foco nas investigações sobre o papel da comunicação para o reconhecimento das demandas sociais e a qualificação do debate público político. A obra abrange pesquisadores integrantes do Compol, além de autores convidados para abordar desafios do país nas áreas de saúde, educação, segurança pública, migração, ciência, transporte, moradia, inclusão de deficientes e políticas de gênero. A coletânea pretende oferecer propostas metodológicas e teóricas diversas para o enriquecimento das políticas públicas em discussão no Brasil.

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do Ministério da Saúde. Ele foi implementado em hospitais privados

e públicos (DINIZ et al., 2018). Trata-se de uma iniciativa

piloto baseada nas melhores evidências científicas que indicam

ganho de qualidade e segurança da atenção ao nascimento,

incentivando o parto normal e reduzindo CC “desnecessárias”

(MARCOLIN, 2014).

No setor público, o Ministério da Saúde lançou o Parto

Cuidadoso (2018), inspirado nos princípios do Parto Adequado

(2017), como um sistema de monitoramento on-line para acompanhar

a quantidade de CC no SUS (BRASIL, 2018). Mas a redução

de CC é uma preocupação também universal. No início de 2018,

a OMS lançou um manual com 56 diretrizes que visam reduzir

intervenções desnecessárias no parto (WHO, 2018).

Estes exemplos comprovam que há uma pressão pela mudança

da prática. A perspectiva do interacionismo simbólico pode

contribuir para análise sobre o ponto reflexivo, para promover o

cuidado interativo interpessoal entre profissionais e usuários de

saúde. Em uma ação conjunta e ampliada, o discurso social procura

ressignificar o parto e o nascimento com uma metanarrativa

poderosa de igualdade e liberdade de direitos com base científica.

De um lado, uma política pública proposta pelo Ministério

da Saúde a partir da forte mobilização de um movimento social

de mulheres; do outro lado, um sistema protocolar intervencionista

mantido por profissionais e associações médicas resiste às

mudanças. Fleury (1996) ressalta que uma determinada cultura

adquire um caráter político quando, na ameaça do seu conjunto

de valores e pressupostos, passa a desenvolver habilidades de

ordenar, atribuir significados e construir uma identidade organizacional

através de ações de comunicação. É preciso estar atento,

184 COMUNICAÇÃO, POLÍTICAS PÚBLICAS E DISCURSOS EM CONFLITO

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