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Comunicação, políticas públicas e discursos em conflito

A coletânea Comunicação, Políticas Públicas e Discursos em Conflito apresenta um total de 14 capítulos (543 páginas), além do prefácio, em que são articuladas análises empíricas e perspectivas teóricas que aproximam o campo da comunicação e as políticas públicas brasileiras em diferentes áreas. A obra é resultado da produção do Grupo de Pesquisa Comunicação Pública e Comunicação Política (Compol), sediado na ECAUSP e registrado no CNPq, com foco nas investigações sobre o papel da comunicação para o reconhecimento das demandas sociais e a qualificação do debate público político. A obra abrange pesquisadores integrantes do Compol, além de autores convidados para abordar desafios do país nas áreas de saúde, educação, segurança pública, migração, ciência, transporte, moradia, inclusão de deficientes e políticas de gênero. A coletânea pretende oferecer propostas metodológicas e teóricas diversas para o enriquecimento das políticas públicas em discussão no Brasil.

A coletânea Comunicação, Políticas Públicas e Discursos em Conflito apresenta um total de 14 capítulos (543 páginas), além do prefácio, em que são articuladas análises empíricas e perspectivas teóricas que aproximam o campo da comunicação e as políticas públicas brasileiras em diferentes áreas. A obra é resultado da produção do Grupo de Pesquisa Comunicação Pública e Comunicação Política (Compol), sediado na ECAUSP e registrado no CNPq, com foco nas investigações sobre o papel da comunicação para o reconhecimento das demandas sociais e a qualificação do debate público político. A obra abrange pesquisadores integrantes do Compol, além de autores convidados para abordar desafios do país nas áreas de saúde, educação, segurança pública, migração, ciência, transporte, moradia, inclusão de deficientes e políticas de gênero. A coletânea pretende oferecer propostas metodológicas e teóricas diversas para o enriquecimento das políticas públicas em discussão no Brasil.

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acompanhamos as caricaturas nascidas nas periferias. Que o Brasil

tenha sido um dos lugares a trazer a espetaculização profetizada

por Debord de modo mais aviltante, segue essa regra.

O que Debord afirmou está em um dos mais proféticos parágrafos

postos em um livro:

A primeira fase da dominação da economia sobre a vida

social acarretou, no modo de definir toda da realização

humana, uma evidente degradação do ser para o ter. A

fase atual, em que a vida social está totalmente tomada

pelos resultados acumulados da economia, leva a um deslizamento

generalizado do ter para o parecer, do qual o

ter efetivo deve extrair seu prestígio imediato e sua função

última. (DEBORD, 2015, p. 18, grifo meu).

E Debord acrescenta, logo em seguida: “quando o mundo

real se transforma em simples imagens, as simples imagens

tornam-se seres reais e motivações eficientes de um comportamento

hipnótico”. (DEBORD, 2015, p. 18).

Bolsonaro, chutando o boneco de Lula ou metralhando

gente, trouxe a imagem do espetáculo que temos hoje na compreensão

de nossas retinas: o vídeo game, a guerra, o cinema da

violência e das explosões. Punhos cerrados são para o velho movimento

operário e para candidatos que perderam o bonde da história.

Não se deve tentar trazer a imagen para uma semântica histórica

carregada de intenções emancipadoras, mas sim para uma

protossemântica já amalgamada no imaginário popular infantilizado,

posto pela imagem como substituta definitiva do texto. A

imagem pela imagem não vem da indústria cinematográfica, mas

28 COMUNICAÇÃO, POLÍTICAS PÚBLICAS E DISCURSOS EM CONFLITO

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