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Comunicação, políticas públicas e discursos em conflito

A coletânea Comunicação, Políticas Públicas e Discursos em Conflito apresenta um total de 14 capítulos (543 páginas), além do prefácio, em que são articuladas análises empíricas e perspectivas teóricas que aproximam o campo da comunicação e as políticas públicas brasileiras em diferentes áreas. A obra é resultado da produção do Grupo de Pesquisa Comunicação Pública e Comunicação Política (Compol), sediado na ECAUSP e registrado no CNPq, com foco nas investigações sobre o papel da comunicação para o reconhecimento das demandas sociais e a qualificação do debate público político. A obra abrange pesquisadores integrantes do Compol, além de autores convidados para abordar desafios do país nas áreas de saúde, educação, segurança pública, migração, ciência, transporte, moradia, inclusão de deficientes e políticas de gênero. A coletânea pretende oferecer propostas metodológicas e teóricas diversas para o enriquecimento das políticas públicas em discussão no Brasil.

A coletânea Comunicação, Políticas Públicas e Discursos em Conflito apresenta um total de 14 capítulos (543 páginas), além do prefácio, em que são articuladas análises empíricas e perspectivas teóricas que aproximam o campo da comunicação e as políticas públicas brasileiras em diferentes áreas. A obra é resultado da produção do Grupo de Pesquisa Comunicação Pública e Comunicação Política (Compol), sediado na ECAUSP e registrado no CNPq, com foco nas investigações sobre o papel da comunicação para o reconhecimento das demandas sociais e a qualificação do debate público político. A obra abrange pesquisadores integrantes do Compol, além de autores convidados para abordar desafios do país nas áreas de saúde, educação, segurança pública, migração, ciência, transporte, moradia, inclusão de deficientes e políticas de gênero. A coletânea pretende oferecer propostas metodológicas e teóricas diversas para o enriquecimento das políticas públicas em discussão no Brasil.

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Essa minha história não acaba assim

Se daqui eu for vai vim (sic) outro por mim

A nossa guerra, eu sei, vai ter final feliz

Mais (sic) minha vontade de viver só depende de mim

(RESPEITO não se compra)

Para Zaluar (2007), o Brasil vive conflitos armados sem

que seu passado guarde traumas indeléveis e irreparáveis gerados

por disputas étnicas, religiosas ou ideológicas que possam

justificá-los. O número de mortes por homicídio no País são mais

altos do que o de mortes registradas em países em guerra declarada.

A grandeza de tais números é tal que, entre 2008 e 2011,

o total de homicídios (206.005 vítimas) foi muito superior aos

casos verificados nos 12 conflitos armados mais importantes no

mundo entre os anos de 2004 e 2007 (GLOBAL BURDEN OF ARMED

VIOLENCE, 2015). Se comparados com a Guerra na Síria, o Brasil

registrou mais vítimas de mortes violentas intencionais em cinco

anos (2011-2015): lá, o número oficial é de 256.124, enquanto o

Brasil registrou 279.567 mortos no mesmo período (FBSP, 2016).

Para chegar a este ponto, a história da criminalidade no

Brasil é profunda. Mas a proposta aqui é tratar das práticas comunicacionais

do mundo do crime, considerando suas disputas

específicas. A história da guerra nesse universo tem seu início

com o surgimento dos comandos no sistema prisional na década

de 1990, quando ocorreu uma partidarização das disposições

heterogêneas entre os coletivos que lutavam pelo domínio das

cadeias e por um embate de forças contra as agências estatais

de segurança (BIONDI; MARQUES, 2010). Uma parte significativa

dessa guerra foi travada em rebeliões prisionais, que viabilizaram

366 COMUNICAÇÃO, POLÍTICAS PÚBLICAS E DISCURSOS EM CONFLITO

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