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Comunicação, políticas públicas e discursos em conflito

A coletânea Comunicação, Políticas Públicas e Discursos em Conflito apresenta um total de 14 capítulos (543 páginas), além do prefácio, em que são articuladas análises empíricas e perspectivas teóricas que aproximam o campo da comunicação e as políticas públicas brasileiras em diferentes áreas. A obra é resultado da produção do Grupo de Pesquisa Comunicação Pública e Comunicação Política (Compol), sediado na ECAUSP e registrado no CNPq, com foco nas investigações sobre o papel da comunicação para o reconhecimento das demandas sociais e a qualificação do debate público político. A obra abrange pesquisadores integrantes do Compol, além de autores convidados para abordar desafios do país nas áreas de saúde, educação, segurança pública, migração, ciência, transporte, moradia, inclusão de deficientes e políticas de gênero. A coletânea pretende oferecer propostas metodológicas e teóricas diversas para o enriquecimento das políticas públicas em discussão no Brasil.

A coletânea Comunicação, Políticas Públicas e Discursos em Conflito apresenta um total de 14 capítulos (543 páginas), além do prefácio, em que são articuladas análises empíricas e perspectivas teóricas que aproximam o campo da comunicação e as políticas públicas brasileiras em diferentes áreas. A obra é resultado da produção do Grupo de Pesquisa Comunicação Pública e Comunicação Política (Compol), sediado na ECAUSP e registrado no CNPq, com foco nas investigações sobre o papel da comunicação para o reconhecimento das demandas sociais e a qualificação do debate público político. A obra abrange pesquisadores integrantes do Compol, além de autores convidados para abordar desafios do país nas áreas de saúde, educação, segurança pública, migração, ciência, transporte, moradia, inclusão de deficientes e políticas de gênero. A coletânea pretende oferecer propostas metodológicas e teóricas diversas para o enriquecimento das políticas públicas em discussão no Brasil.

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COMUNICAÇÃO PÚBLICA E GÊNERO

mesmo sexo, bem como políticas educacionais de igualdade de

gênero e de promoção do reconhecimento da diversidade sexual

e de gênero.

A ativista feminista e pesquisadora brasileira Sonia Corrêa

(2018) registra que o uso do conceito de gênero nos acordos

internacionais representou um movimento preocupante para o

Vaticano: o conceito de gênero trouxe consigo para a agenda de

direitos humanos demandas envolvendo especialmente o aborto,

a contracepção e a homossexualidade. Corrêa (2018) também

alerta que a tensão em torno do gênero provocou ainda aproximações

inesperadas, como entre o Vaticano e estados islâmicos.

Desde então, os ataques a gênero percorrem as arenas

transnacionais e a política da maioria das nações, com especial

intensidade em Nossa América. Há conexões pouco percebidas e

compreendidas, por exemplo, entre os ataques a Judith Butler 7 e

as disputas eleitorais brasileiras de 2018.

Os sintagmas formulados passaram a circular midiaticamente

de forma muito eficaz, além de ocupar um significativo

lugar na comunicação pública, visto que se prestam a promover

polêmicas, ridicularizações, intimidações e ameaças à implementação

de legislações, políticas sociais e ações educacionais.

No contexto brasileiro, Corrêa (2018) chama atenção para

o modo como estamos a experimentar os efeitos dos discursos e

das práticas políticas antigênero:

7 Judith Butler é uma teórica norte-americana e professora da Universidade

da Califórnia, em Berkeley. Em 2017, foi alvo de protestos e de hostilidades

quando veio ao Brasil para um evento com o tema “Os fins da democracia”.

Explica-se que os episódios ocorreram em virtude de a autora ser uma das

mais relevantes referências contemporâneas dos estudos de gênero e da

teoria queer.

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