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Comunicação, políticas públicas e discursos em conflito

A coletânea Comunicação, Políticas Públicas e Discursos em Conflito apresenta um total de 14 capítulos (543 páginas), além do prefácio, em que são articuladas análises empíricas e perspectivas teóricas que aproximam o campo da comunicação e as políticas públicas brasileiras em diferentes áreas. A obra é resultado da produção do Grupo de Pesquisa Comunicação Pública e Comunicação Política (Compol), sediado na ECAUSP e registrado no CNPq, com foco nas investigações sobre o papel da comunicação para o reconhecimento das demandas sociais e a qualificação do debate público político. A obra abrange pesquisadores integrantes do Compol, além de autores convidados para abordar desafios do país nas áreas de saúde, educação, segurança pública, migração, ciência, transporte, moradia, inclusão de deficientes e políticas de gênero. A coletânea pretende oferecer propostas metodológicas e teóricas diversas para o enriquecimento das políticas públicas em discussão no Brasil.

A coletânea Comunicação, Políticas Públicas e Discursos em Conflito apresenta um total de 14 capítulos (543 páginas), além do prefácio, em que são articuladas análises empíricas e perspectivas teóricas que aproximam o campo da comunicação e as políticas públicas brasileiras em diferentes áreas. A obra é resultado da produção do Grupo de Pesquisa Comunicação Pública e Comunicação Política (Compol), sediado na ECAUSP e registrado no CNPq, com foco nas investigações sobre o papel da comunicação para o reconhecimento das demandas sociais e a qualificação do debate público político. A obra abrange pesquisadores integrantes do Compol, além de autores convidados para abordar desafios do país nas áreas de saúde, educação, segurança pública, migração, ciência, transporte, moradia, inclusão de deficientes e políticas de gênero. A coletânea pretende oferecer propostas metodológicas e teóricas diversas para o enriquecimento das políticas públicas em discussão no Brasil.

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COMUNICAÇÃO PÚBLICA E MIGRAÇÃO

imaginário nacional e desenvolver políticas públicas eficientes no

acolhimento dos migrantes.

Dentro do contexto brasileiro, São Paulo é o município que

recebe a maioria dos migrantes. De acordo com a Polícia Federal,

no ano de 2015 o número chegou a 25 mil migrantes e até o final

de 2016 a cidade já comportava um total de 385 mil. Os migrantes

representam 3,4% da população paulistana (dentro de um

universo de 12,1 milhões de habitantes).

Debruçar-se sobre a temática das migrações 4 é refletir sobre

os anseios que norteiam o ser humano na busca por sentido.

Ainda que em micromovimentos, nos movemos a todo tempo:

ao trabalho, à escola, ao lazer. Ser humano é movimentar-se. Porém,

esta busca por sentido, em condições precárias frente às

problemáticas econômicas, políticas, sociais ou mesmo ambientais,

resulta por ser uma busca pela própria vida, ou seja, pela

sobrevivência e não pela vivência.

4 Utilizamos aqui a definição do Instituto Migrações e Direitos Humanos

(IMDH), entidade social sem fins lucrativos, cuja missão é promover o

reconhecimento da cidadania plena de migrantes e refugiados que considera

“migração” como “movimento de pessoas, grupos ou povos de um lugar para

outro (...), migrante é, pois, toda pessoa que se transfere de seu lugar habitual,

de sua residência comum para outro lugar, região ou país”. Já “imigração”

pode-se considerar como “movimento de pessoas ou de grupos humanos,

provenientes de outras áreas, que entram em determinado país, com o intuito

de permanecer definitivamente ou por período de tempo relativamente

longo. (...) Literalmente, imigrar significa entrar num país estrangeiro para

nele viver. Imigrante é o indivíduo que, deslocando-se de onde residia,

ingressou em outra região, cidade ou país diferente do de sua nacionalidade,

ali estabelecendo sua residência habitual, em definitivo ou por período

relativamente longo”. (INSTITUTO MIGRAÇÕES E DIREITOS HUMANOS, 2016).

Vale notar que, a diferença entre “migrante” e “imigrante” é marcada pela

noção de “estado-nação” e “fronteiras”, onde há, claramente, um “dentro” e

um “fora” e onde o pertencimento e o direito de ir e vir é condicionado pela

nacionalidade, numa clara abordagem securitária da mobilidade.

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