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Comunicação, políticas públicas e discursos em conflito

A coletânea Comunicação, Políticas Públicas e Discursos em Conflito apresenta um total de 14 capítulos (543 páginas), além do prefácio, em que são articuladas análises empíricas e perspectivas teóricas que aproximam o campo da comunicação e as políticas públicas brasileiras em diferentes áreas. A obra é resultado da produção do Grupo de Pesquisa Comunicação Pública e Comunicação Política (Compol), sediado na ECAUSP e registrado no CNPq, com foco nas investigações sobre o papel da comunicação para o reconhecimento das demandas sociais e a qualificação do debate público político. A obra abrange pesquisadores integrantes do Compol, além de autores convidados para abordar desafios do país nas áreas de saúde, educação, segurança pública, migração, ciência, transporte, moradia, inclusão de deficientes e políticas de gênero. A coletânea pretende oferecer propostas metodológicas e teóricas diversas para o enriquecimento das políticas públicas em discussão no Brasil.

A coletânea Comunicação, Políticas Públicas e Discursos em Conflito apresenta um total de 14 capítulos (543 páginas), além do prefácio, em que são articuladas análises empíricas e perspectivas teóricas que aproximam o campo da comunicação e as políticas públicas brasileiras em diferentes áreas. A obra é resultado da produção do Grupo de Pesquisa Comunicação Pública e Comunicação Política (Compol), sediado na ECAUSP e registrado no CNPq, com foco nas investigações sobre o papel da comunicação para o reconhecimento das demandas sociais e a qualificação do debate público político. A obra abrange pesquisadores integrantes do Compol, além de autores convidados para abordar desafios do país nas áreas de saúde, educação, segurança pública, migração, ciência, transporte, moradia, inclusão de deficientes e políticas de gênero. A coletânea pretende oferecer propostas metodológicas e teóricas diversas para o enriquecimento das políticas públicas em discussão no Brasil.

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COMUNICAÇÃO PÚBLICA E CIÊNCIA

que podem contribuir para a compreensão do relacionamento

dos atores envolvidos no processo de comunicação e ciência em

nosso País. Com isso, buscamos clarear como se deu o embate

entre o político, o público e o privado em situações que envolveram

nascimento e o desenvolvimento daquelas variáveis.

Voltamos ao ano de 1783, em Belém do Pará, quando

uma equipe de viajantes desbravou o centro-norte da colônia,

numa viagem de nove anos, em que percorreram 40 mil quilômetros.

Baliana e Fernandes (2018, p. 153) revelaram que apesar

do pioneirismo, “a empreitada não teve o esperado impacto na

comunidade acadêmica na época” e que, devido a um misto de

negligência e má sorte, os relatos, memórias e desenhos permaneceram

em manuscritos, sem revisão por quase um século.

A análise histórica revela que os pesquisadores tiveram receio,

já naquela ocasião, de que as informações fossem apropriadas

irregularmente por outras pessoas e, por isso, mantiveram suas

notas apenas originais.

Mais tarde, no início do século XIX, a vinda da corte portuguesa

para o País propiciou “a circulação de informação na colônia,

especialmente após a criação da Imprensa Régia, em 1810”

(FIOCRUZ, 2009). Nessa época, a divulgação de temas relacionados

à ciência era pouco expressiva. Conforme destaca Oliveira

(1999), a política de D. João foi o “estopim de todo o processo

de gestação da cultura científica brasileira”, aglutinando “as aspirações,

os desejos e as necessidades dos velhos e dos novos

residentes no Brasil”. O autor revela ainda que com recursos humanos

escassos, havia necessidade de formação, principalmente

de engenheiros, médicos e militares, o que movimentou a vida

intelectual em uma sociedade colonial ainda marcada pelo anal-

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