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Comunicação, políticas públicas e discursos em conflito

A coletânea Comunicação, Políticas Públicas e Discursos em Conflito apresenta um total de 14 capítulos (543 páginas), além do prefácio, em que são articuladas análises empíricas e perspectivas teóricas que aproximam o campo da comunicação e as políticas públicas brasileiras em diferentes áreas. A obra é resultado da produção do Grupo de Pesquisa Comunicação Pública e Comunicação Política (Compol), sediado na ECAUSP e registrado no CNPq, com foco nas investigações sobre o papel da comunicação para o reconhecimento das demandas sociais e a qualificação do debate público político. A obra abrange pesquisadores integrantes do Compol, além de autores convidados para abordar desafios do país nas áreas de saúde, educação, segurança pública, migração, ciência, transporte, moradia, inclusão de deficientes e políticas de gênero. A coletânea pretende oferecer propostas metodológicas e teóricas diversas para o enriquecimento das políticas públicas em discussão no Brasil.

A coletânea Comunicação, Políticas Públicas e Discursos em Conflito apresenta um total de 14 capítulos (543 páginas), além do prefácio, em que são articuladas análises empíricas e perspectivas teóricas que aproximam o campo da comunicação e as políticas públicas brasileiras em diferentes áreas. A obra é resultado da produção do Grupo de Pesquisa Comunicação Pública e Comunicação Política (Compol), sediado na ECAUSP e registrado no CNPq, com foco nas investigações sobre o papel da comunicação para o reconhecimento das demandas sociais e a qualificação do debate público político. A obra abrange pesquisadores integrantes do Compol, além de autores convidados para abordar desafios do país nas áreas de saúde, educação, segurança pública, migração, ciência, transporte, moradia, inclusão de deficientes e políticas de gênero. A coletânea pretende oferecer propostas metodológicas e teóricas diversas para o enriquecimento das políticas públicas em discussão no Brasil.

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COMUNICAÇÃO PÚBLICA E SEGURANÇA

romances – escritos e lidos de maneira solitária – quanto para a

produção de jornais que teriam inventado a informação. O autor

capta a fórmula essencial da informação na fala de um editor do

jornal francês Le Figaro: “para meus leitores [...] o incêndio num

sótão do Quartier Latin é mais importante que uma revolução

em Madri” (BENJAMIN, 1987, pág. 202). A produção da informação

corrobora o afastamento geográfico e de tradições de outros

povos. Dessa forma, o imediatismo constrói a informação e não

permite o espaço para a divergência do leitor.

O impacto dos meios de comunicação em massa na vida

social seguiu sendo assunto central, ainda mais depois da chegada

da televisão (ADORNO, 1987a; BOURDIEU, 1997). Adorno,

por exemplo, considerou a televisão uma invenção decisiva na

América do Norte, analisando-a nos aspectos sociais, técnicos e

artísticos. A relação intrínseca e inseparável destes aspectos permitiu

analisar as mensagens abertas ou ocultas que são transmitidas

ao telespectador, na mesma lógica vigente em toda a

indústria cultural e servindo como mais uma forma de influenciar

a consciência do público. Adorno (1987a) argumenta que a TV

completa o sequestro da existência privada, oferecendo o mundo

visível com símbolos e mensagens que expropriam a capacidade

de reflexão, por meio de mensagens que reforçam o status quo,

impedindo qualquer vislumbre de mudança.

Em outro texto, Adorno e Horkheimer (1985) explicam que

a indústria cultural produz homogeneização, expropriando das

massas a capacidade de criar e organizar suas próprias pautas e

suas manifestações culturais. Neste sentido, apontam a imprensa

como uma invenção burguesa destinada a informar esta classe e

a formá-la. Como produto da indústria cultural, a imprensa seria

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