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Comunicação, políticas públicas e discursos em conflito

A coletânea Comunicação, Políticas Públicas e Discursos em Conflito apresenta um total de 14 capítulos (543 páginas), além do prefácio, em que são articuladas análises empíricas e perspectivas teóricas que aproximam o campo da comunicação e as políticas públicas brasileiras em diferentes áreas. A obra é resultado da produção do Grupo de Pesquisa Comunicação Pública e Comunicação Política (Compol), sediado na ECAUSP e registrado no CNPq, com foco nas investigações sobre o papel da comunicação para o reconhecimento das demandas sociais e a qualificação do debate público político. A obra abrange pesquisadores integrantes do Compol, além de autores convidados para abordar desafios do país nas áreas de saúde, educação, segurança pública, migração, ciência, transporte, moradia, inclusão de deficientes e políticas de gênero. A coletânea pretende oferecer propostas metodológicas e teóricas diversas para o enriquecimento das políticas públicas em discussão no Brasil.

A coletânea Comunicação, Políticas Públicas e Discursos em Conflito apresenta um total de 14 capítulos (543 páginas), além do prefácio, em que são articuladas análises empíricas e perspectivas teóricas que aproximam o campo da comunicação e as políticas públicas brasileiras em diferentes áreas. A obra é resultado da produção do Grupo de Pesquisa Comunicação Pública e Comunicação Política (Compol), sediado na ECAUSP e registrado no CNPq, com foco nas investigações sobre o papel da comunicação para o reconhecimento das demandas sociais e a qualificação do debate público político. A obra abrange pesquisadores integrantes do Compol, além de autores convidados para abordar desafios do país nas áreas de saúde, educação, segurança pública, migração, ciência, transporte, moradia, inclusão de deficientes e políticas de gênero. A coletânea pretende oferecer propostas metodológicas e teóricas diversas para o enriquecimento das políticas públicas em discussão no Brasil.

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COMUNICAÇÃO PÚBLICA E SEGURANÇA

a seção 5 exemplifica a aplicação da articulação metodológica

proposta em mapas situacionais em torno das letras do funk. As

considerações finais sintetizam as principais reflexões apresentadas

ao longo do texto.

1. CRIME E POLÍTICA DE ENCARCERAMENTO

Os índices de homicídio no Brasil estão entre os mais altos

do mundo e seu motor propulsor está na população jovem,

com picos entre os 14 e 21 anos de idade (WAISELFISZ, 2014).

A violência letal no País é apenas a ponta do iceberg em um

contexto de violência prevalente, endêmica e estruturante. De

acordo com a décima edição do Anuário publicado pelo Fórum

de Segurança Pública, durante o ano de 2015 o país registrou,

em média, um assassinato a cada nove minutos, o que se aproxima

de um total de 60 mil mortes violentas (FBSP, 2016). Os

números de mortes e os índices de encarceramento são maiores

em jovens do sexo masculino e negros, e a população juvenil é

a mais vulnerável para o ingresso na criminalidade. A exposição

ao risco começa na infância, quando crianças são incorporadas

ao tráfico desde cedo em funções auxiliares para se tornarem,

mais tarde, soldados do tráfico.

Os jovens que ingressam no crime expressam ter clareza

de que, para eles, a expectativa de vida é curta. A probabilidade

de morte prematura parece encontrar conforto na promessa de

continuidade dos soldados que substituem os caídos na guerra:

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