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Comunicação, políticas públicas e discursos em conflito

A coletânea Comunicação, Políticas Públicas e Discursos em Conflito apresenta um total de 14 capítulos (543 páginas), além do prefácio, em que são articuladas análises empíricas e perspectivas teóricas que aproximam o campo da comunicação e as políticas públicas brasileiras em diferentes áreas. A obra é resultado da produção do Grupo de Pesquisa Comunicação Pública e Comunicação Política (Compol), sediado na ECAUSP e registrado no CNPq, com foco nas investigações sobre o papel da comunicação para o reconhecimento das demandas sociais e a qualificação do debate público político. A obra abrange pesquisadores integrantes do Compol, além de autores convidados para abordar desafios do país nas áreas de saúde, educação, segurança pública, migração, ciência, transporte, moradia, inclusão de deficientes e políticas de gênero. A coletânea pretende oferecer propostas metodológicas e teóricas diversas para o enriquecimento das políticas públicas em discussão no Brasil.

A coletânea Comunicação, Políticas Públicas e Discursos em Conflito apresenta um total de 14 capítulos (543 páginas), além do prefácio, em que são articuladas análises empíricas e perspectivas teóricas que aproximam o campo da comunicação e as políticas públicas brasileiras em diferentes áreas. A obra é resultado da produção do Grupo de Pesquisa Comunicação Pública e Comunicação Política (Compol), sediado na ECAUSP e registrado no CNPq, com foco nas investigações sobre o papel da comunicação para o reconhecimento das demandas sociais e a qualificação do debate público político. A obra abrange pesquisadores integrantes do Compol, além de autores convidados para abordar desafios do país nas áreas de saúde, educação, segurança pública, migração, ciência, transporte, moradia, inclusão de deficientes e políticas de gênero. A coletânea pretende oferecer propostas metodológicas e teóricas diversas para o enriquecimento das políticas públicas em discussão no Brasil.

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CONTEXTO E DESAFIOS

do movimento do capitalismo que faz o que tem que fazer para

que tudo vire imagem e só tenha o que dizer como imagem. Dizer

o quê? Nada! Apenas tornar as relações humanas ainda possíveis

pelo seu arremedo de serem peças das relações do mercado.

Fazer do mundo uma época em que as imagens são sua

realidade é a especialidade da sociedade de mercado. Debord,

claro, se inspirou em Marx para falar o que falou. Do que se trata?

A sociedade capitalista como sociedade de mercado é o

lugar em que o produto perde seu valor de uso para se transformar

em mercadoria e, então, só portar e comportar valor de

troca – ou simplesmente valor. No mundo mercadorizado nada é

para ser usado. Tudo é valor enquanto valor abstrato, enquanto

horas de trabalho incorporadas e, portanto, trocável por horas

de trabalho incorporadas. Troca de equivalentes é uma forma de

trazer todos nós para o campo da abstração. Ao mesmo tempo,

para que isso ocorra, é necessária a separação entre o produto e

o trabalhador. Essa separação garante o mercado, sua existência,

o fim da visão que olha para as coisas como contendo utilidades,

e a protagonização da visão que olha para as coisas como objetos

que, uma vez sem utilidade, sem valor de uso, se transformam

em substitutos de obras de arte. As mercadorias ensinam todos

a se transformarem em expectadores. Eis um aprendizado que

nos molda irreversivelmente. Elas inauguram a vitrine e, portanto,

mais tarde, pela tecnologia, a TV, até o momento de poderem

fazer com que todos também se tornem imagens como elas, nos

celulares. Do fim do valor de uso em favor do valor de troca para

se chegar à vitrine física até a vitrine que acolhe a nós mesmos

como modelos através de vídeos e fotos dos celulares, percorremos

pouco mais de quinhentos anos.

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