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Comunicação, políticas públicas e discursos em conflito

A coletânea Comunicação, Políticas Públicas e Discursos em Conflito apresenta um total de 14 capítulos (543 páginas), além do prefácio, em que são articuladas análises empíricas e perspectivas teóricas que aproximam o campo da comunicação e as políticas públicas brasileiras em diferentes áreas. A obra é resultado da produção do Grupo de Pesquisa Comunicação Pública e Comunicação Política (Compol), sediado na ECAUSP e registrado no CNPq, com foco nas investigações sobre o papel da comunicação para o reconhecimento das demandas sociais e a qualificação do debate público político. A obra abrange pesquisadores integrantes do Compol, além de autores convidados para abordar desafios do país nas áreas de saúde, educação, segurança pública, migração, ciência, transporte, moradia, inclusão de deficientes e políticas de gênero. A coletânea pretende oferecer propostas metodológicas e teóricas diversas para o enriquecimento das políticas públicas em discussão no Brasil.

A coletânea Comunicação, Políticas Públicas e Discursos em Conflito apresenta um total de 14 capítulos (543 páginas), além do prefácio, em que são articuladas análises empíricas e perspectivas teóricas que aproximam o campo da comunicação e as políticas públicas brasileiras em diferentes áreas. A obra é resultado da produção do Grupo de Pesquisa Comunicação Pública e Comunicação Política (Compol), sediado na ECAUSP e registrado no CNPq, com foco nas investigações sobre o papel da comunicação para o reconhecimento das demandas sociais e a qualificação do debate público político. A obra abrange pesquisadores integrantes do Compol, além de autores convidados para abordar desafios do país nas áreas de saúde, educação, segurança pública, migração, ciência, transporte, moradia, inclusão de deficientes e políticas de gênero. A coletânea pretende oferecer propostas metodológicas e teóricas diversas para o enriquecimento das políticas públicas em discussão no Brasil.

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COMUNICAÇÃO PÚBLICA E CIÊNCIA

Só se comunica o inteligível na medida em que este é comunicável.

Esta é a razão pela qual, enquanto a significação

não for compreensível para um dos sujeitos, não é

possível a compreensão do significado à qual um deles já

chegou e que, não obstante, não foi apreendida pelo outro

na expressão do primeiro (FREIRE, 1975, p. 68).

COMUNICAÇÃO COM DIÁLOGO

Contrariamente à premissa de Freire, autores como Amanda

Chevtchouk Jurno (2017, p. 58) apontam dificuldades de falar

sobre ciência, uma vez que ela “é planejada para alijar logo de

cara a maioria das pessoas”. Diante desse distanciamento, ela

defende a ênfase do divulgador científico na tarefa de criar “pontes

entre a linguagem da academia e a linguagem do dia a dia

dos leitores” (JURNO, 2017, p. 58).

Nesse processo, cria-se a reciprocidade tão cara à comunicação

defendida por Freire (1975, p. 67). Isso afeta definitivamente a

difusão científica se a entendermos como um processo e as formas

de comunicação como meios − e não como fins. Entendemos que

há aspectos diversos que devam ser analisados para efetivamente

discutir efeitos e contribuições da comunicação para a ciência.

Lima (2011) destaca o processo dialógico idealizado por Paulo

Freire, em que o cidadão deve ser considerado um participante

ativo da comunicação e não apenas como mero receptor. Segundo

esta noção, a comunicação, assim como a educação, não transfere

saberes, mas é resultado de diálogos entre sujeitos envolvidos.

Na verdade, a comunicação perpassa todas as três dimensões

da cidadania, constituindo-se, ao mesmo tempo, em direito civil —

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