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Comunicação, políticas públicas e discursos em conflito

A coletânea Comunicação, Políticas Públicas e Discursos em Conflito apresenta um total de 14 capítulos (543 páginas), além do prefácio, em que são articuladas análises empíricas e perspectivas teóricas que aproximam o campo da comunicação e as políticas públicas brasileiras em diferentes áreas. A obra é resultado da produção do Grupo de Pesquisa Comunicação Pública e Comunicação Política (Compol), sediado na ECAUSP e registrado no CNPq, com foco nas investigações sobre o papel da comunicação para o reconhecimento das demandas sociais e a qualificação do debate público político. A obra abrange pesquisadores integrantes do Compol, além de autores convidados para abordar desafios do país nas áreas de saúde, educação, segurança pública, migração, ciência, transporte, moradia, inclusão de deficientes e políticas de gênero. A coletânea pretende oferecer propostas metodológicas e teóricas diversas para o enriquecimento das políticas públicas em discussão no Brasil.

A coletânea Comunicação, Políticas Públicas e Discursos em Conflito apresenta um total de 14 capítulos (543 páginas), além do prefácio, em que são articuladas análises empíricas e perspectivas teóricas que aproximam o campo da comunicação e as políticas públicas brasileiras em diferentes áreas. A obra é resultado da produção do Grupo de Pesquisa Comunicação Pública e Comunicação Política (Compol), sediado na ECAUSP e registrado no CNPq, com foco nas investigações sobre o papel da comunicação para o reconhecimento das demandas sociais e a qualificação do debate público político. A obra abrange pesquisadores integrantes do Compol, além de autores convidados para abordar desafios do país nas áreas de saúde, educação, segurança pública, migração, ciência, transporte, moradia, inclusão de deficientes e políticas de gênero. A coletânea pretende oferecer propostas metodológicas e teóricas diversas para o enriquecimento das políticas públicas em discussão no Brasil.

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então, com a barriga aberta, sem camisas, ou de pijama, trazido para

a imagem, em máxima exposição, como aquele que continuava seu

show de peripécias mesmo após a peripécia máxima. Fotografado

no hospital em uma aparência deplorável, ele se fez ainda mais

aquele que, então, nem poderia de fato falar. Se havia ainda, em

sua imagem, algum rosto, ali ele desapareceu de vez. Bolsonaro se

recolheu e, não podendo chutar o boneco de Lula, se calou de vez.

Quando falou, foi agressivo, mas já eram os últimos dias da campanha,

quando então poderia falar, pois não seria mais em um debate.

Sua cara então falou, mas falou como toda cara contemporânea fala:

aos gritos de frases simplórias que poderiam vir pelo Twitter.

Todos ficaram procurando Bolsonaro para o debate. O debate

é onde há a celebração do valor do culto, uma quase cerimônia

religiosa. A adoração do logos. Bolsonaro não foi. Claro, ele

continuou cativo e ao mesmo tempo soberano, abusando das peripécias

já tratadas, já fotografadas. Dali em diante, vieram então

as danças de rua, as coreografias de pessoas imitando robôs e se

dizendo bolsonaristas. Todas dispostas a andar juntas, contanto

que nenhum discurso racional fosse necessário. E não era. Não é.

Para esse tipo de gente, jamais será.

4.

O segredo de Bolsonaro para apresentar o rosto (e, ao mesmo

tempo, dar-lhe característica apenas de face, de cara, impedindo

assim que alguém viesse a dar atenção para a sua boca

como algo humano, ou seja, que emite palavras) é revelado se

trazemos à tona as observações feitas por Thomas Macho.

34 COMUNICAÇÃO, POLÍTICAS PÚBLICAS E DISCURSOS EM CONFLITO

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