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Comunicação, políticas públicas e discursos em conflito

A coletânea Comunicação, Políticas Públicas e Discursos em Conflito apresenta um total de 14 capítulos (543 páginas), além do prefácio, em que são articuladas análises empíricas e perspectivas teóricas que aproximam o campo da comunicação e as políticas públicas brasileiras em diferentes áreas. A obra é resultado da produção do Grupo de Pesquisa Comunicação Pública e Comunicação Política (Compol), sediado na ECAUSP e registrado no CNPq, com foco nas investigações sobre o papel da comunicação para o reconhecimento das demandas sociais e a qualificação do debate público político. A obra abrange pesquisadores integrantes do Compol, além de autores convidados para abordar desafios do país nas áreas de saúde, educação, segurança pública, migração, ciência, transporte, moradia, inclusão de deficientes e políticas de gênero. A coletânea pretende oferecer propostas metodológicas e teóricas diversas para o enriquecimento das políticas públicas em discussão no Brasil.

A coletânea Comunicação, Políticas Públicas e Discursos em Conflito apresenta um total de 14 capítulos (543 páginas), além do prefácio, em que são articuladas análises empíricas e perspectivas teóricas que aproximam o campo da comunicação e as políticas públicas brasileiras em diferentes áreas. A obra é resultado da produção do Grupo de Pesquisa Comunicação Pública e Comunicação Política (Compol), sediado na ECAUSP e registrado no CNPq, com foco nas investigações sobre o papel da comunicação para o reconhecimento das demandas sociais e a qualificação do debate público político. A obra abrange pesquisadores integrantes do Compol, além de autores convidados para abordar desafios do país nas áreas de saúde, educação, segurança pública, migração, ciência, transporte, moradia, inclusão de deficientes e políticas de gênero. A coletânea pretende oferecer propostas metodológicas e teóricas diversas para o enriquecimento das políticas públicas em discussão no Brasil.

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COMUNICAÇÃO PÚBLICA E MORADIA

impulsionou o então presidente da República, Luís Inácio Lula da

Silva (PT), a criar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC),

com foco na área da construção. Essa ênfase estava relacionada à

relevância do setor para a economia brasileira, ao criar, segundo

Maricato (2009), tanto demandas em serviços e materiais mais

tradicionais (ferro, vidro, cerâmica, cimento, areia, etc) como vinculados

à tecnologia e inovação (e.g. eletrodomésticos, mobiliários),

gerando, consequentemente, crescimento significativo na

oferta de empregos.

O programa habitacional então lançado, o Minha Casa Minha

Vida (PMCMV), ganhou grande destaque nacional especialmente

por conta da promessa da construção de um milhão

de moradias – um número que, mesmo abaixo do déficit, era

bastante alto se comparado a programas governamentais anteriores.

Também se destacava a utilização de recursos do próprio

Orçamento Geral da União, o qual já havia sido utilizado por Fernando

Henrique Cardoso para a construção de moradias, porém,

em números bem menores (ARANTES; FIX, 2009, p.1).

O programa visava atender a três grupos divididos por renda

familiar. As famílias de 0 a 3 salários mínimos, responsável

por 90% do déficit habitacional, teria o melhor subsídio, o que

representou uma tentativa de trazer o foco das construções para

essa faixa. Os dois outros grupos, de 3 a 6 salários mínimos e o de

6 a 10 salários, teriam boas condições de financiamento também,

mas com menos recursos e facilidades de financiamento.

Apesar de ter executado diferentes fases e ter superado as

metas previstas de construção de 1 milhão de moradias durante

o governo da presidente petista Dilma Rousseff (2011-2016), o

programa apresentou diversos problemas, mostrando-se muito

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