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Comunicação, políticas públicas e discursos em conflito

A coletânea Comunicação, Políticas Públicas e Discursos em Conflito apresenta um total de 14 capítulos (543 páginas), além do prefácio, em que são articuladas análises empíricas e perspectivas teóricas que aproximam o campo da comunicação e as políticas públicas brasileiras em diferentes áreas. A obra é resultado da produção do Grupo de Pesquisa Comunicação Pública e Comunicação Política (Compol), sediado na ECAUSP e registrado no CNPq, com foco nas investigações sobre o papel da comunicação para o reconhecimento das demandas sociais e a qualificação do debate público político. A obra abrange pesquisadores integrantes do Compol, além de autores convidados para abordar desafios do país nas áreas de saúde, educação, segurança pública, migração, ciência, transporte, moradia, inclusão de deficientes e políticas de gênero. A coletânea pretende oferecer propostas metodológicas e teóricas diversas para o enriquecimento das políticas públicas em discussão no Brasil.

A coletânea Comunicação, Políticas Públicas e Discursos em Conflito apresenta um total de 14 capítulos (543 páginas), além do prefácio, em que são articuladas análises empíricas e perspectivas teóricas que aproximam o campo da comunicação e as políticas públicas brasileiras em diferentes áreas. A obra é resultado da produção do Grupo de Pesquisa Comunicação Pública e Comunicação Política (Compol), sediado na ECAUSP e registrado no CNPq, com foco nas investigações sobre o papel da comunicação para o reconhecimento das demandas sociais e a qualificação do debate público político. A obra abrange pesquisadores integrantes do Compol, além de autores convidados para abordar desafios do país nas áreas de saúde, educação, segurança pública, migração, ciência, transporte, moradia, inclusão de deficientes e políticas de gênero. A coletânea pretende oferecer propostas metodológicas e teóricas diversas para o enriquecimento das políticas públicas em discussão no Brasil.

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COMUNICAÇÃO PÚBLICA E SEGURANÇA

matanças ocorridas antes em Manaus. O poder público refutou a

tese, afirmando que as mortes foram resultado de um acerto de

contas interno (ALESSI; BENITES, 2017). As matanças em Roraima

situam-se como a terceira maior do sistema prisional brasileiro.

Estes dois casos podem ser compreendidos como mais um

capítulo na guerra do tráfico instalada no território brasileiro,

travada entre comandos e grupos criminais e que conectam o

mundo prisional ao mundo do crime nas ruas. A guerra entre

comandos no sistema prisional, assim como em territórios nos

quais exercem influência, é ponto de chegada de políticas públicas

de combate ao crime baseadas no encarceramento massivo.

Essas ações incidem sobre uma parcela específica da população

e levam a um quadro de exaustão entre a população castigada

pelo crime e pela violência.

Dentro das muralhas

A política pública de segurança baseada no encarceramento

em massa mostra seus resultados estatísticos: o índice de presos

no Brasil aumentou 575% entre 1990 e 2014 segundo o Levantamento

Nacional de Informações Penitenciárias (BRASIL, 2014).

O encarceramento afeta principalmente homens jovens, negros

e pobres, sendo que cerca de 40% encontram-se em situação

provisória, ou seja, estão presos sem condenação e mantidos em

unidades prisionais superlotadas. O encarceramento provisório

está associado (1) ao dispositivo de prisão em flagrante que detém

o acusado sem julgamento e sem considerar a gravidade do

crime – fazendo equivaler, por exemplo, assassinato e porte de

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