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Comunicação, políticas públicas e discursos em conflito

A coletânea Comunicação, Políticas Públicas e Discursos em Conflito apresenta um total de 14 capítulos (543 páginas), além do prefácio, em que são articuladas análises empíricas e perspectivas teóricas que aproximam o campo da comunicação e as políticas públicas brasileiras em diferentes áreas. A obra é resultado da produção do Grupo de Pesquisa Comunicação Pública e Comunicação Política (Compol), sediado na ECAUSP e registrado no CNPq, com foco nas investigações sobre o papel da comunicação para o reconhecimento das demandas sociais e a qualificação do debate público político. A obra abrange pesquisadores integrantes do Compol, além de autores convidados para abordar desafios do país nas áreas de saúde, educação, segurança pública, migração, ciência, transporte, moradia, inclusão de deficientes e políticas de gênero. A coletânea pretende oferecer propostas metodológicas e teóricas diversas para o enriquecimento das políticas públicas em discussão no Brasil.

A coletânea Comunicação, Políticas Públicas e Discursos em Conflito apresenta um total de 14 capítulos (543 páginas), além do prefácio, em que são articuladas análises empíricas e perspectivas teóricas que aproximam o campo da comunicação e as políticas públicas brasileiras em diferentes áreas. A obra é resultado da produção do Grupo de Pesquisa Comunicação Pública e Comunicação Política (Compol), sediado na ECAUSP e registrado no CNPq, com foco nas investigações sobre o papel da comunicação para o reconhecimento das demandas sociais e a qualificação do debate público político. A obra abrange pesquisadores integrantes do Compol, além de autores convidados para abordar desafios do país nas áreas de saúde, educação, segurança pública, migração, ciência, transporte, moradia, inclusão de deficientes e políticas de gênero. A coletânea pretende oferecer propostas metodológicas e teóricas diversas para o enriquecimento das políticas públicas em discussão no Brasil.

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George H. Mead, da Escola de Chicago, foi quem inaugurou essa

teoria, apresentando, em suas aulas e artigos, os fundamentos

principais da descrição do comportamento humano. Mas foi

Herbert Blumer, em 1937 (COULON, 1995) quem compilou os textos

de Mead, organizando a abordagem teórico-metodológica e

nomeando-a como “interacionismo simbólico”.

Mead é considerado o pai da psicologia social. Sua premissa

é que a história social do indivíduo é prévia a toda e qualquer

interação. Em um tempo quando se discutia entre o psicologismo

(para o qual, o desenvolvimento individual ocorre antes e

a despeito de qualquer contexto social) e o sociologismo (que

considera a estrutura social como determinante para a identidade

humana), Mead (1972) sugeriu uma terceira via. Para ele, a

individualidade de um sujeito consciente de si mesmo se forma

a partir da internalização dos diferentes papéis sociais desempenhados

pelos outros com quem ele interage. Ou seja, é como

membro de uma coletividade – e só por isso – que o despertar

da autoconsciência pode ocorrer. Surge então a pessoa em seu

caráter social e não externa ao social nem dependente dele.

Nesse processo, é a linguagem que organiza o conteúdo

e o significado da experiência humana (MEAD, 1972). Por meio

da interação mediada, o indivíduo desenvolve a capacidade de

reconhecer a ação e a linguagem do outro. Surgem, assim, comunidades

de significado – como as que estão envolvidas em

todo processo de assistência ao parto e nascimento. É o processo

comunicacional nessas comunidades que permite o compartilhamento

de sentido.

Como ex-aluno de Mead, Herbert Blumer (1988) sistematizou

a proposta de um modelo de pesquisa que refletisse os

162 COMUNICAÇÃO, POLÍTICAS PÚBLICAS E DISCURSOS EM CONFLITO

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