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Comunicação, políticas públicas e discursos em conflito

A coletânea Comunicação, Políticas Públicas e Discursos em Conflito apresenta um total de 14 capítulos (543 páginas), além do prefácio, em que são articuladas análises empíricas e perspectivas teóricas que aproximam o campo da comunicação e as políticas públicas brasileiras em diferentes áreas. A obra é resultado da produção do Grupo de Pesquisa Comunicação Pública e Comunicação Política (Compol), sediado na ECAUSP e registrado no CNPq, com foco nas investigações sobre o papel da comunicação para o reconhecimento das demandas sociais e a qualificação do debate público político. A obra abrange pesquisadores integrantes do Compol, além de autores convidados para abordar desafios do país nas áreas de saúde, educação, segurança pública, migração, ciência, transporte, moradia, inclusão de deficientes e políticas de gênero. A coletânea pretende oferecer propostas metodológicas e teóricas diversas para o enriquecimento das políticas públicas em discussão no Brasil.

A coletânea Comunicação, Políticas Públicas e Discursos em Conflito apresenta um total de 14 capítulos (543 páginas), além do prefácio, em que são articuladas análises empíricas e perspectivas teóricas que aproximam o campo da comunicação e as políticas públicas brasileiras em diferentes áreas. A obra é resultado da produção do Grupo de Pesquisa Comunicação Pública e Comunicação Política (Compol), sediado na ECAUSP e registrado no CNPq, com foco nas investigações sobre o papel da comunicação para o reconhecimento das demandas sociais e a qualificação do debate público político. A obra abrange pesquisadores integrantes do Compol, além de autores convidados para abordar desafios do país nas áreas de saúde, educação, segurança pública, migração, ciência, transporte, moradia, inclusão de deficientes e políticas de gênero. A coletânea pretende oferecer propostas metodológicas e teóricas diversas para o enriquecimento das políticas públicas em discussão no Brasil.

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COMUNICAÇÃO PÚBLICA E SEGURANÇA

Em 2014, época do estudo, a página “Admiradores da ROTA”

possuía 396 mil curtidas; a “Comando Especial”, 147 mil; e a “Fatos

Policiais +18 – sem censura”, a mais explícita delas (com imagem

de pessoas morrendo, fotos e vídeos de tiroteios), possuía aproximadamente

28 mil curtidas. “Quem não viu parou pra ver” contava

com 21 mil curtidas e a “Nois não falha em missão 1533 pcc”, 5 mil.

Em todas as páginas, a interação entre os produtores de conteúdo,

os administradores e os consumidores era muito intensa.

Em virtude de novas normas de verificação e censura de conteúdo

criadas pelo Facebook, essas páginas deixaram de existir ou mudaram

de nome, como constatamos no começo de 2019 12 . Se existe,

pois, um discurso de “guerra”, também existe uma forte disputa

em torno da denúncia de postagens e da própria existência dessas

páginas. O Facebook (que também controla as redes sociais WhatsApp

e Instagram) torna-se alvo de críticas de usuários insatisfeitos

por julgarem que a empresa permite conteúdo “degradante”.

12 Apenas duas das cinco páginas estudadas permanecem funcionando. A

primeira a ser banida pela não adequação com as regras foi a “Fatos Policiais

+18”. O conteúdo explícito compartilhado pela página não caiu bem nem

mesmo para consumidores que demonstravam apoio à ideia de “bandido

bom é bandido morto”, que aparentemente achavam fortes as imagens que

seguiam da legenda “mais um CPF cancelado”. Outra que perdeu espaço foi

a “Admiradores da ROTA”, que não foi extinta, mas acabou esvaziada já que

outras com mesmo nome foram criadas. Ela foi uma iniciativa de não policiais e,

posteriormente, alguns passaram a integrá-la. Contudo, a ideia da página, com

o foco em ações da ROTA, resultou na criação da “ROTA é ROTA”, cuja declaração

de autoria é da “Central de Comunicação Publicitária do 1ºBPCHQ – ROTA”, que

possui mais de 300 mil curtidas. A página “Comando Especial” foi a única que se

manteve, ganhando ainda mais curtidas (198 mil, segundo dados de fevereiro

de 2019). A página “Nois Não Falha em missão” não existe mais, banida por

mostrar utilização de drogas, imagens de pessoas mortas e “apologia ao crime”.

A “Quem não viu parou pra ver” continua existindo, mas publicando poucos

conteúdos e perdeu curtidas, contando atualmente com apenas 8 mil.

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