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Comunicação, políticas públicas e discursos em conflito

A coletânea Comunicação, Políticas Públicas e Discursos em Conflito apresenta um total de 14 capítulos (543 páginas), além do prefácio, em que são articuladas análises empíricas e perspectivas teóricas que aproximam o campo da comunicação e as políticas públicas brasileiras em diferentes áreas. A obra é resultado da produção do Grupo de Pesquisa Comunicação Pública e Comunicação Política (Compol), sediado na ECAUSP e registrado no CNPq, com foco nas investigações sobre o papel da comunicação para o reconhecimento das demandas sociais e a qualificação do debate público político. A obra abrange pesquisadores integrantes do Compol, além de autores convidados para abordar desafios do país nas áreas de saúde, educação, segurança pública, migração, ciência, transporte, moradia, inclusão de deficientes e políticas de gênero. A coletânea pretende oferecer propostas metodológicas e teóricas diversas para o enriquecimento das políticas públicas em discussão no Brasil.

A coletânea Comunicação, Políticas Públicas e Discursos em Conflito apresenta um total de 14 capítulos (543 páginas), além do prefácio, em que são articuladas análises empíricas e perspectivas teóricas que aproximam o campo da comunicação e as políticas públicas brasileiras em diferentes áreas. A obra é resultado da produção do Grupo de Pesquisa Comunicação Pública e Comunicação Política (Compol), sediado na ECAUSP e registrado no CNPq, com foco nas investigações sobre o papel da comunicação para o reconhecimento das demandas sociais e a qualificação do debate público político. A obra abrange pesquisadores integrantes do Compol, além de autores convidados para abordar desafios do país nas áreas de saúde, educação, segurança pública, migração, ciência, transporte, moradia, inclusão de deficientes e políticas de gênero. A coletânea pretende oferecer propostas metodológicas e teóricas diversas para o enriquecimento das políticas públicas em discussão no Brasil.

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IMPRENSA E FORMAÇÃO DA OPINIÃO PÚBLICA

O potencial dos meios de comunicação de massa de difundirem

mensagens capazes de atingir a sociedade como um todo

os coloca, ao ver de Castells (2011), como os principais formadores

da opinião pública. Para ele, três processos afeitos à atividade

jornalística, que ocorrem entre o fato e a recepção da notícia, interferem

na modelagem da opinião pública: a “definição de pautas

(agenda setting), a valoração (priming) e o enquadramento

(framing)” (p. 216). Além destes, outro fator, a “indexação” (p.

219), tendência dos editores em valorizar a opinião das elites,

influencia a esfera pública de forma negativa.

Castells (2011) argumenta que a imprensa é incapaz de

impor às pessoas como elas devem pensar, mas influencia de

forma significativa, ainda mais quando se trata de assuntos políticos.

Portanto, a escolha dos assuntos a serem publicados (agenda

setting) delimita significativamente a opinião pública. Castells

(2011) inclui a internet, de forma ampla, além dos meios de comunicação

de massa, como fonte de informações significativa na

formação da opinião pública.

(...) o conhecimento público dos assuntos, especialmente

dos assuntos políticos ou das políticas, está estreitamente

relacionado com a cobertura que lhes prestam os

meios nacionais. Ademais, o estabelecimento da pauta

dos meios é particularmente chamativo quando está relacionado

com a vida cotidiana do espectador. Deste modo

as opiniões políticas tanto das elites como das pessoas

comuns estão moldadas em grande medida pelas infor-

514 COMUNICAÇÃO, POLÍTICAS PÚBLICAS E DISCURSOS EM CONFLITO

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