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Comunicação, políticas públicas e discursos em conflito

A coletânea Comunicação, Políticas Públicas e Discursos em Conflito apresenta um total de 14 capítulos (543 páginas), além do prefácio, em que são articuladas análises empíricas e perspectivas teóricas que aproximam o campo da comunicação e as políticas públicas brasileiras em diferentes áreas. A obra é resultado da produção do Grupo de Pesquisa Comunicação Pública e Comunicação Política (Compol), sediado na ECAUSP e registrado no CNPq, com foco nas investigações sobre o papel da comunicação para o reconhecimento das demandas sociais e a qualificação do debate público político. A obra abrange pesquisadores integrantes do Compol, além de autores convidados para abordar desafios do país nas áreas de saúde, educação, segurança pública, migração, ciência, transporte, moradia, inclusão de deficientes e políticas de gênero. A coletânea pretende oferecer propostas metodológicas e teóricas diversas para o enriquecimento das políticas públicas em discussão no Brasil.

A coletânea Comunicação, Políticas Públicas e Discursos em Conflito apresenta um total de 14 capítulos (543 páginas), além do prefácio, em que são articuladas análises empíricas e perspectivas teóricas que aproximam o campo da comunicação e as políticas públicas brasileiras em diferentes áreas. A obra é resultado da produção do Grupo de Pesquisa Comunicação Pública e Comunicação Política (Compol), sediado na ECAUSP e registrado no CNPq, com foco nas investigações sobre o papel da comunicação para o reconhecimento das demandas sociais e a qualificação do debate público político. A obra abrange pesquisadores integrantes do Compol, além de autores convidados para abordar desafios do país nas áreas de saúde, educação, segurança pública, migração, ciência, transporte, moradia, inclusão de deficientes e políticas de gênero. A coletânea pretende oferecer propostas metodológicas e teóricas diversas para o enriquecimento das políticas públicas em discussão no Brasil.

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pessoa uma ideia de intenção, produzindo no interlocutor uma

reação à palavra (MEAD, 1972, p. 106) O autor ressalta o papel

de cada indivíduo envolvido na conversação para estabelecer o

seu “lugar”.

Assim, o interacionismo simbólico prevê quatro movimentos

distintos no processo de desenvolvimento social. O primeiro

deles diz respeito à troca simples de gestos, em que o indivíduo

se dá conta da própria particularidade ao perceber que seu ato

produziu alguma reação em outra pessoa. À medida que essa

consciência se torna mais complexa, o indivíduo reconhece a

existência de um outro e, ao notar suas reações, passa a moldar

novos gestos (neste ponto, gestos já significativos porque foram

resultados de adaptações refletidas). O terceiro movimento inclui

a linguagem vocal e o uso da palavra em busca de uma compreensão

recíproca sobre as palavras. Por fim, o indivíduo passa a se

perceber não apenas como parte de um dueto de relações, mas

como membro de uma coletividade maior. Ele então internaliza

não apenas o significado para “um” outro, mas passa a internalizar

o “outro generalizado” – ou seja, a sociedade propriamente

dita, com suas normativas, expectativas e discursos dominantes

(MEAD, 1972, p. 184).

Desse processo formativo do indivíduo, Mead desenvolve

então sua teoria a partir dos pontos cardeais da filosofia

(BLUMER, 1988, p. 54):

1. o “si mesmo” – O ser humano é considerado um agente

com índole social, capaz de formular respostas, fazer

indicações e interpretar questões em um nível sim-

164 COMUNICAÇÃO, POLÍTICAS PÚBLICAS E DISCURSOS EM CONFLITO

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