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Comunicação, políticas públicas e discursos em conflito

A coletânea Comunicação, Políticas Públicas e Discursos em Conflito apresenta um total de 14 capítulos (543 páginas), além do prefácio, em que são articuladas análises empíricas e perspectivas teóricas que aproximam o campo da comunicação e as políticas públicas brasileiras em diferentes áreas. A obra é resultado da produção do Grupo de Pesquisa Comunicação Pública e Comunicação Política (Compol), sediado na ECAUSP e registrado no CNPq, com foco nas investigações sobre o papel da comunicação para o reconhecimento das demandas sociais e a qualificação do debate público político. A obra abrange pesquisadores integrantes do Compol, além de autores convidados para abordar desafios do país nas áreas de saúde, educação, segurança pública, migração, ciência, transporte, moradia, inclusão de deficientes e políticas de gênero. A coletânea pretende oferecer propostas metodológicas e teóricas diversas para o enriquecimento das políticas públicas em discussão no Brasil.

A coletânea Comunicação, Políticas Públicas e Discursos em Conflito apresenta um total de 14 capítulos (543 páginas), além do prefácio, em que são articuladas análises empíricas e perspectivas teóricas que aproximam o campo da comunicação e as políticas públicas brasileiras em diferentes áreas. A obra é resultado da produção do Grupo de Pesquisa Comunicação Pública e Comunicação Política (Compol), sediado na ECAUSP e registrado no CNPq, com foco nas investigações sobre o papel da comunicação para o reconhecimento das demandas sociais e a qualificação do debate público político. A obra abrange pesquisadores integrantes do Compol, além de autores convidados para abordar desafios do país nas áreas de saúde, educação, segurança pública, migração, ciência, transporte, moradia, inclusão de deficientes e políticas de gênero. A coletânea pretende oferecer propostas metodológicas e teóricas diversas para o enriquecimento das políticas públicas em discussão no Brasil.

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INTRODUÇÃO

Atualmente 68 milhões de pessoas estão em mobilidade

no mundo, segundo dados do Alto Comissariado das Nações Unidas

para os Refugiados – ACNUR (2018). Enquanto este expressivo

número de migrantes bate à porta de alguns países solicitando

acolhimento e proteção, muros e cercas são apressadamente erguidos

para evitá-los. No Brasil, a Polícia Federal estimou que a

população estrangeira era de cerca de 750 mil em 2018. Apesar

de a amostragem ser pequena – mesmo com a entrada recente

de cerca de 60 mil venezuelanos e com as ondas migratórias de

haitianos e bolivianos nas últimas décadas – o Brasil possui uma

política reconhecida, com uma lei de migração recente, que assegura

direitos básicos aos migrantes e recém-chegados.

Apesar dos avanços, as políticas de acolhimento no Brasil

são pautadas sempre pelo prisma da insegurança nacional. Como

recorda Appadurai, tais

inseguranças do Estado podem se infiltrar através dos vasos

capilares da sociedade civil, por esforços propositais

de mobilização de massas, pela politização de uma parte

ou de todas as forças armadas, da imposição seletiva, de

políticas de detenção ou repressão, da supervisão étnica

de determinadas comunidades e da discriminação legal

contra minorias, migrantes e outros cidadãos sem força.

(APPADURAI, 2009, p.80).

Assim, este texto busca analisar, sob a perspectiva da comunicação

pública, como as entidades se mobilizam – principalmente

em rede– para combater a construção simbólica sob o

452 COMUNICAÇÃO, POLÍTICAS PÚBLICAS E DISCURSOS EM CONFLITO

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