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A PREGAÇÃO NA IDADE MÍDIA - Luiz Carlos Ramos

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Desde então, os programas radiofônicos e a aquisição de redes de rádio por setores<br />

evangélicos se intensificaram. Dos poucos e modestos minutos no ar em programas em ho-<br />

rários comprados ou cedidos, as igrejas chegaram a se tornar “proprietárias” de rádios locais<br />

e até de redes de rádio, Tanto em Amplitude Modulada (AM) quanto em Freqüência Modu-<br />

lada (FM).<br />

Atualmente, se pode ouvir programação religiosa 24 horas por dia, durante os sete di-<br />

as da semana, transmitidas por centenas de emissoras espalhadas por todos os estados brasi-<br />

leiros, para não mencionar as transmissões oriundas de outros países, por Ondas Médias e<br />

Curtas (OM e OC). Católicas 212 e protestantes, espíritas e esotéricas, enfim, mensagens co-<br />

dificadas para todo tipo de fé ao alcance do dial de todo tipo de fiel — estima-se em mais de<br />

300 (há quem diga que são 470) emissoras de rádio evangélicas no Brasil. 213<br />

Quanto à televisão, Ana Paula <strong>Ramos</strong> relembra que “a televisão brasileira começou<br />

com um padre, o Frei Mojica. Este surgiu no vídeo cantando seus antigos sucessos, na pri-<br />

meira transmissão da TV Tupi de São Paulo, em julho de 1950” 214 . Já os primeiros progra-<br />

mas televisionados evangélicos, tanto no Brasil como em grande parte da América Latina,<br />

tiveram suas primeiras edições na década de 70. Sabe-se também que eram importados e<br />

que utilizavam a técnica da dublagem para a língua dos destinatários. As versões mais fa-<br />

mosas são as dos programas de Jimmy Swaggart e de Rex Humbard, devidamente dublados<br />

e transmitidos para vários países, em língua portuguesa e espanhola.<br />

Uma sucessão de escândalos acabou por associar esses pregadores eletrônicos impor-<br />

tados a impostores e farsantes — casos como o do espírita Roberto Lemgruber, que foi<br />

desmascarado como um charlatão cujas curas não passavam de farsa, bem como o caso do<br />

212 Sobre a Igreja Católica e os meios de comunicação social, recomenda-se: KUNSCH, Waldemar <strong>Luiz</strong>. Comunicação<br />

eclesial católica: inventário e análise da produção acadêmica sobre a comunicação eclesial católica<br />

nos programas brasileiros de pós-graduação em comunicação social. São Bernardo do Campo, 2001. 307<br />

f. Dissertação (Mestrado em Comunicação Social – Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social)<br />

Universidade Metodista de São Paulo, São Bernardo do Campo, 2001. Ver também CELAM, Social do. Comunicação:<br />

Missão e Desafio. São Paulo: Paulinas. 1998.<br />

213 Cf. EDWARD, José. A força do Senhor. Centro Apologético Cristão de Pesquisas (Cacp). Disponível em<br />

http://www.cacp.org.br/cresc-ev-report1.htm. Consultado em julho de 2005. Ver também Mercado evangélico<br />

movimenta R$500 milhões (03/09/2004 - 15:08:00); Mercado evangélico move R$ 500 milhões - Gazeta<br />

Mercantil (03/08/04). Disponível no site da Associação Brasileira de Editores Cristãos, em<br />

http://www.abec.com.br/interna.asp?idCliente=35&acao=noticia&id=2281. Consultado em julho de 2005.<br />

214 RAMOS, Ana Paula. Pastores da telinha. Canal da imprensa. 30 de outubro de 2003, 22. edição. Disponível<br />

em http://www.canaldaimprensa.com.br/nostalgia/vint2/nostalgia1.htm. Consulta em julho de 2005.<br />

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