22.12.2015 Views

Viagens pelo Amazonas e Rio Negro[-WwW.LivrosGratis.net-](1)

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

<strong>Viagens</strong> <strong>pelo</strong> <strong>Amazonas</strong> e <strong>Rio</strong> <strong>Negro</strong> 25<br />

suplementadas por outras causas, conhecidas ou ignoradas. 15 Decerto<br />

tão completa mudança da opinião educada, num assunto de tão árdua<br />

dificuldade e vasta complexidade, nunca se viu produzida antes, em tão<br />

curto espaço de tempo. Ela não somente eleva o nome de Darwin ao<br />

nível do de Newton, como também o trabalho daquele será sempre<br />

considerado um dos maiores, se não o verdadeiramente maior, dentre as<br />

produções científicas do século XIX, não obstante haver sido esta centúria<br />

muito enriquecida por grandes descobertas em cada uma das especialidades<br />

didáticas da física.<br />

* * *<br />

Eis a bibliografia (quiçá incompleta) de Wallace, organizada<br />

por mim, de acordo com as suas próprias declarações, com catálogos<br />

que manuseei e com a “Biographical introduction” de G. T. Bettany à 2ª<br />

edição (1889) da obra agora trasladada a português:<br />

1 – “Travels on the Amazon and rio <strong>Negro</strong>” (Londres, 1853);<br />

2 – “Palm-trees of the Amazon” (ib., id.);<br />

3 – “On the law that has regulated the introduction of new<br />

species” (“Annals and Magazine of Natural History”, n. de setembro de<br />

1855);<br />

15 Vem a ponto citarmos aqui três nomes de raro fulgor nas altas esferas da ciência,<br />

os quais se vinculam ao relevante descobrimento de Darwin e Wallace. O primeiro<br />

foi um frade alemão, Gregório Mendel (1822-1884), botânico erudito, que criou a<br />

lei chamada da “mendelismo”, a qual, embora ainda controvertida nos dias que<br />

correm, estabeleceu “a descontinuidade do átomo e a descontinuidade das variações<br />

na forma viva”. Uma vez aceita a descoberta de Mendel, o darwinismo sofrerá<br />

profundo golpe. Sobre isso, cumpre ler o substancioso trabalho de Pun<strong>net</strong>t,<br />

“Mendelism” (Cambridge, 1911, 3ª ed.). O segundo foi o naturalista francês,<br />

Edmond Perrier (1844-1921), que, com o seu magnífico trabalho “Les colonies<br />

animales et la formation des organismes” (Paris, 1881), veio a constituir-se um<br />

dos mais esclarecidos defensores do transformismo (leia-se a introdução do seu<br />

mencionado livro, págs. 1-30). O último, last but not least, foi o holandês Hugo de<br />

Vries (l848-l929), cuja teoria, chamada das “mutações repentinas”, serviu de natural<br />

complemento à lei do transformismo. Sobre o abalizado cientista neerlandês, há<br />

um interessante opúsculo do nosso ilustre compatriota, o prof. Bruno Lobo, sob<br />

o título “Jubileu de Hugo de Vries” (<strong>Rio</strong>, 1918) (Nota de Basílio de Magalhães).

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!